Desassoreamento do rio Uberaba não está nos planos da Codau no momento
O presidente da Codau, Rui Ramos, afirmou que não há, por enquanto, previsão de desassoreamento do rio Uberaba visando aumentar a oferta de água para o abastecimento do município. Segundo ele, estudos técnicos conduzidos pela autarquia concluíram que intervenções desse tipo não trariam resultados efetivos no momento, já que o problema central é o rebaixamento do lençol freático.
Rui explicou, em entrevista à Rádio JM, que a estrutura existente no local — uma contenção pontual para represamento — não é adequada para estocar grandes volumes de água e, por isso, ações como desassoreamento não trariam ganho significativo. “Ali não é barragem. É uma contenção frágil, usada apenas para represar temporariamente. Não é um local que comporta reserva de volume como será, futuramente, a prainha”, afirmou.
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Segundo ele, a Codau avaliou a possibilidade de intervir, mas técnicos e especialistas consultados concluíram que o esforço não resolveria a queda de vazão. “Chove, a água passa pela contenção, e no dia seguinte está tudo seco outra vez. Essa água vai embora porque o lençol freático está muito baixo; abaixo do fundo do rio”, explicou.
Para o presidente da autarquia, somente chuvas mais longas e contínuas, de aproximadamente 15 dias, mesmo que em menor intensidade, permitirão que o solo absorva água suficiente para elevar o nível do aquífero subterrâneo. “É a subida do lençol freático que vai devolver constância à vazão do rio. Enquanto isso não acontecer, não adianta desassorear agora, porque o problema não está na superfície”, concluiu.
A Codau reforça que monitora diariamente o rio Uberaba e deve retomar discussões sobre intervenções estruturais quando houver condições hídricas mais favoráveis.