Alerta do biólogo do Departamento de Zoonoses, Luiz Gustavo Pinheiro, sobre o aumento de ratos na área urbana em Uberaba
A presença de ratos em áreas urbanas tem se intensificado devido ao manejo inadequado de alimentos e falta de conscientização da população (Foto/Reprodução)
A presença de ratos em áreas urbanas tem se intensificado devido ao manejo inadequado de alimentos e falta de conscientização da população. A explicação é de Luiz Gustavo Pinheiro, biólogo do Centro de Controle e Zoonoses de Uberaba. Além de causarem transtornos, os roedores podem transmitir doenças como a leptospirose, que afeta humanos e animais domésticos. O departamento de Zoonoses realiza ações de controle químico, mas o problema persiste enquanto houver alimento exposto, abrigo e água disponíveis, fatores que favorecem a proliferação dos roedores.
Segundo Luiz Gustavo, em entrevista à Rádio JM, os três tipos de ratos mais comuns na zona urbana – rato de telhado, ratazana e camundongo – encontram condições ideais nas cidades para se multiplicar. A leptospirose, transmitida pela urina dos roedores, é uma das principais preocupações. “Se o rato urina na ração do cachorro, por exemplo, ele pode contrair a doença e contaminar os humanos, que vão lavar as fezes do animal de estimação no quintal sem proteção, por exemplo”, explica.
O biólogo também destaca que alimentos deixados nas portas das casas para animais em situação de rua contribuem para o aumento das colônias de ratos. “A gente tem um trabalho no departamento de Zoonoses para combater os ratos, mas não há fiscalização com relação à dispersão de alimentos para animais de rua. Eu mesmo coloco, mas depois tiro as sobras. Porque é muito bonito alimentar os animais, mas o acúmulo de alimentos nas ruas faz com que aumente a população de ratos”, declara Luiz Gustavo.
Além das medidas de controle, a conscientização e a informação são as principais ferramentas para combater o problema. “É difícil mudar a cabeça e os hábitos das pessoas do dia para a noite. Mas, quanto mais a gente conseguir levar informação preventiva, mais vamos conseguir evitar essas problemáticas”, conclui.