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Preço das próteses compromete reconstrução mamária após câncer, alerta mastologista

Idealizador do projeto “À Flor da Pele”, Cléber Sérgio defende a criação de um banco nacional de próteses, com a ajuda do setor privado

Dandara Aveiro
Publicado em 28/09/2025 às 10:56
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Este ano, o projeto já conseguiu 38 próteses, mas a meta é chegar a 60 (Foto/Divulgação)

Este ano, o projeto já conseguiu 38 próteses, mas a meta é chegar a 60 (Foto/Divulgação)

O maior entrave para a reconstrução mamária em mulheres que enfrentaram o câncer de mama no Brasil não está na falta de especialistas, mas no acesso às próteses. A avaliação é do mastologista Cléber Sérgio, idealizador do projeto “À Flor da Pele”, referência no atendimento gratuito a pacientes da região de Uberaba. 

Em entrevista ao programa Pingo do J, da Rádio JM, Cléber destacou que o valor pago atualmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para aquisição de prótese é insuficiente. “O SUS paga R$ 744,00, mas não conseguimos comprar uma prótese por esse valor, já que ela custa, em média, de R$ 2.100,00 a R$ 2.300,00. Para o projeto, conseguimos a preço de custo, com um fornecedor, por R$ 1.150,00.”, explicou. 

Com cerca de 2.300 mastologistas em atividade no país, sendo que pelo menos metade realiza reconstruções, Cléber Sérgio defende a criação de um banco nacional de próteses por meio do terceiro setor. Ele revelou que um de seus objetivos é distribuir entre 500 e 1.000 próteses por ano para pacientes de todo o Brasil. “Se cada médico puder se cadastrar junto com a instituição e receber o material, vamos cumprir nossa missão”, afirmou. 

Para viabilizar a ideia, o Instituto “À Flor da Pele” prepara um edital de captação de próteses e incentiva doações diretas. Este ano, o projeto já conseguiu 38 próteses, mas a meta é chegar a 60. “Estamos aguardando, inclusive, a liberação de um edital do Ministério Público com verbas pecuniárias, que pode garantir mais 80 próteses. Mas, enquanto isso, seguimos contando com a ajuda de instituições, por meio de doações”, disse o especialista. 

Atualmente, o projeto atende os 27 municípios da macrorregião de Uberaba e já é referência no país. Desde sua criação, o projeto já atendeu mais de 180 mulheres, oferecendo reconstrução mamária e micropigmentação de aréolas para recuperar a autoestima após o câncer. O mutirão envolve cirurgiões voluntários de diversas regiões, aumentando a capacidade do Hospital Hélio Angotti e fortalecendo o acolhimento das pacientes no pós-tratamento. 

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