INDESEJADOS

Presença de usuários de drogas na rodoviária de Uberaba ainda preocupa frequentadores

Dandara Aveiro
Publicado em 13/04/2025 às 17:03Atualizado em 13/04/2025 às 19:42
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Guarda Civil Municipal na Rodoviária de Uberaba (Foto/Divulgação)

Guarda Civil Municipal na Rodoviária de Uberaba (Foto/Divulgação)

O uso de drogas e a presença constante de pessoas em situação de rua tem causado sensação de insegurança no Terminal Rodoviário Jurandyr Cordeiro, em Uberaba, segundo relatos de passageiros e trabalhadores. Mesmo com ações sociais em andamento e presença de equipes de segurança, as queixas persistem. A GCM afirma atuar de forma contínua no local, mas destaca limitações legais e sociais para lidar com a situação. 

A mais recente reclamação foi registrada por um ouvinte da Rádio JM. Ele relatou ao programa JM News que se assustou com a quantidade de pessoas usando entorpecentes e descartando lixo nas imediações. "Estive na rodoviária e, mais uma vez, me assustei com a quantidade de moradores de rua usando drogas, jogando lixo na rua etc. Precisamos de medidas drásticas no terminal", relatou. 

De acordo com o comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Marcelo Santos, uma base da corporação funciona dentro da rodoviária desde o final de 2024. O local recebe atenção diária por meio da Operação Praça Segura, com patrulhamento preventivo e apoio de equipes especializadas, como a ROMU e o grupamento de cães. 

Apesar da presença ostensiva, o comandante pontua que a legislação impõe limites à atuação dos agentes. “Quando identificamos usuários de drogas, fazemos a abordagem. Mas precisamos lembrar que o uso de entorpecentes, por si só, não permite uma condução forçada à delegacia. A menos que esteja ocorrendo tráfico ou outro crime associado, a legislação não permite a prisão”, explicou. 

Outro fator apontado por Santos é a ausência de registros formais de crimes. Segundo ele, muitas pessoas alegam ter sido vítimas de extorsão ou importunação, mas deixam de registrar ocorrência, o que inviabiliza ações legais mais firmes. Além disso, a atuação de organizações que distribuem alimentos e roupas diretamente na rodoviária, ainda que bem-intencionada, pode colaborar para a permanência de pessoas em situação de rua no local. “Essa assistência direta, feita de forma desorganizada, acaba estimulando que as pessoas fiquem ali. Já tivemos casos de marmitas jogadas no chão, causando sujeira e mau cheiro. É uma situação complexa”, comentou. 

Santos ressaltou ainda que não é competência da GCM retirar essas pessoas à força. “Todos têm direitos constitucionais. Só podemos fazer a remoção compulsória com respaldo judicial. Nosso papel é garantir a ordem pública dentro da legalidade, com respeito aos direitos humanos”, concluiu. 

A administração do Terminal Rodoviário foi procurada pela reportagem, mas não se posicionou até o momento. O espaço segue aberto para manifestações. 

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