Moradores da rua dos Andradas, no bairro Abadia, se dizem abandonados quando o assunto é limpeza pública. Árvores com as copas muito grandes, canteiros com o mato tomando conta e sujeira acumulada por causa das enxurradas são as principais reclamações daquela região. Segundo leitores, usuários de drogas e até mesmo animais peçonhentos são figuras cada vez mais comuns, principalmente no trecho do cruzamento com a rua Teixeira de Freitas. Lá, diz uma moradora que não quis se identificar por ser evangélica, a rua fica muito escura quando chega a noite e os marginais aproveitam para agir. “Se quiser que o mato fique baixo e que a porta da casa fique limpa, é preciso pagar. Faz muito tempo que a Prefeitura não vem fazer a limpeza e poda por aqui”, afirmou. Outro leitor e morador da região, que preferiu não dar o nome por temer retaliações, revela que quando chega a época de chuva o problema aumenta ainda mais. “Até uma cobra coral nós já achamos por aqui. É perigoso, pois temos muitas crianças. Já pedi várias vezes no setor responsável pela limpeza urbana. Eles dizem que virão e não aparecem”, disparou, contando que sempre quando chega do trabalho, por volta da 1 hora da madrugada, se arma com um pedaço de madeira, devido à grande quantidade de marginais que se escondem na escuridão com o intuito de assaltar moradores e transeuntes. “Não dá para chegar sem nada na mão, sobretudo à noite. Estamos sofrendo com assaltos e invasões de residências”, completou. Procurado pela reportagem, o secretário de Infraestrutura, José Eduardo Rodrigues da Cunha, rebateu as críticas dos moradores. Segundo ele, a limpeza e poda acontecem periodicamente e sempre quando solicitados pelos contribuintes. “Não temos bola de cristal. Se as pessoas pedirem, podem ter certeza de que vamos lá realizar o serviço”, disse, afirmando que no momento da entrevista já estava agendando a execução dos serviços para aquela região.