PESADO

Taxas de cartão ainda pesam no bolso do comerciante de Uberaba, diz presidente da CDL

Segundo o presidente Lourival Ferreira, o percentual das maquininhas é mais pesado para o pequeno comerciante

Joanna Prata
Publicado em 17/12/2025 às 12:02
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Às vésperas de 2026 e diante das mudanças previstas com a reforma tributária, os custos operacionais continuam sendo um dos principais desafios para o comércio de Uberaba. Durante entrevista ao Pingo do J, da Rádio JM, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Lourival Ferreira (Panela), chamou atenção para o peso das taxas cobradas pelas maquininhas de cartão, especialmente para os pequenos empresários. 

Segundo ele, as taxas podem chegar a até 5% por operação, o que compromete significativamente o faturamento. “A maquininha é 5%. Se você pegar um faturamento de 300 mil, 200 mil, 5% pesa no bolso”, afirmou. Para muitos comerciantes, esse custo tem influenciado inclusive a forma de pagamento aceita nas lojas. 

O presidente da CDL também destacou que, ao longo dos anos, o uso de cheques e consultas ao SPC caiu drasticamente. “Hoje representa nem 5% do que era antes”, disse, ao comentar sobre a substituição do cheque pré-datado pelo cartão de crédito. No entanto, ele avalia que os custos das maquininhas podem provocar um movimento inverso em parte do comércio. 
 
Apesar dessa mudança no comportamento do consumidor, Panela avalia que o cheque pode voltar a circular em alguns setores. “Eu acho que vai voltar o cheque pré-datado”, disse, ao comentar que alguns comerciantes têm preferido essa modalidade para evitar os custos das maquininhas. “A pessoa fala: eu prefiro você me dar um cheque”, relatou. 

Ao falar sobre o cenário para 2026, Panela adotou um tom realista e defendeu que os empresários não podem ficar na dependência de decisões governamentais. “Eu penso que o nosso associado, o comerciante, não fica de braços cruzados. Ele se reinventa”, afirmou. Para ele, a postura precisa ser de adaptação constante.   

O presidente da CDL reforçou que não é prudente criar expectativas em relação ao governo diante das mudanças tributárias. “Eu acho que ninguém tem que esperar nada de governo, esperar nada de político. Ele fazer o trabalho dele e deixar os políticos fazerem o trabalho deles”, disse.   

Por fim, Panela destacou a importância do planejamento e do controle financeiro diante do novo cenário econômico. “Vamos colocar o pé no chão, rever essas contas para não entrar em dificuldade. Eu estou pronto para encarar o que vai vir”, concluiu, ressaltando que a capacidade de adaptação será decisiva para a sobrevivência e o crescimento do comércio em Uberaba.

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