Morador do bairro Abadia, Silvério dos Santos, que mora na rua Estrela do Sul, próximo ao Parque do Mirante, afirma que, às 17h da tarde de segunda-feira, o telhado de sua casa desabou em cima da sua mãe, que tem 88 anos e ficou com a perna machucada. Eles ficaram até a manhã de terça-feira sem água e energia elétrica, além de ter perdido móveis e mantimentos. Silvério é gari, mas teve que faltar ao trabalho ontem para tentar resolver o problema. “Eu procurei a Prefeitura, mas até agora só doaram uma lona. A casa está a céu aberto e minha mãe, que é idosa, está no relento”, relata. Até o momento, 18 famílias procuraram a Defesa Civil para tentar reverter os prejuízos do temporal. De acordo com o coordenador Sérgio Campos, serão doadas 60 telhas. Não há estimativas da necessidade de doações de alimentos. Ele acrescentou que ainda está sendo feito o levantamento sobre a quantidade de casas atingidas. Os principais bairros da periferia atingidos foram a Vila Esperança, Abadia, Maracanã e Residencial 2000. O secretário de Infraestrutura, José Eduardo Rodrigues da Cunha, informou que o mutirão de limpeza começou ainda na segunda-feira, para retirada da sujeira causada pelas inundações. O foco principal foram as avenidas Leopoldino de Oliveira, Guilherme Ferreira e Santos Dumont. Na periferia da cidade, ele disse que por enquanto não há necessidade do mutirão de limpeza.