TRISTEZA

Uberaba registra 21 mortes por síndrome respiratória este ano

Além dos óbitos, desde janeiro, quase 500 internações ocorreram em virtude da doença, que está com letalidade de 4,3% e incidência de 144,4 por 100 mil habitantes em Uberaba

Joanna Prata
Publicado em 28/07/2025 às 18:48
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Os bebês, com menos de um ano, representam o maior grupo de hospitalizados em virtude da Síndrome Respiratória Grave (Foto/Reprodução)

Dados da Secretaria de Estado de Saúde atualizados nessa segunda-feira (28) mostram que Uberaba registrou 488 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025, com 21 mortes entre os casos hospitalizados. A taxa de letalidade está em 4,3%, e a incidência da doença chegou a 144,44 casos por 100 mil habitantes, segundo os dados oficiais. As SRAGs são doenças respiratórias de evolução rápida e grave, que podem ser causadas por vírus como Influenza e Covid-19, afetando principalmente crianças e idosos.

Os números apontam que a SRAG tem afetado principalmente os extremos da faixa etária: bebês com menos de um ano representam o maior grupo de hospitalizados, com 127 internações. Em seguida, aparecem as crianças de 1 a 4 anos (72 casos) e os idosos com 80 anos ou mais (70 internações). Juntos, esses três grupos somam 269 hospitalizações — mais da metade do total registrado.

As mortes também estão mais concentradas entre os idosos. Sete das 21 vítimas tinham mais de 80 anos e outras quatro estavam na faixa de 70 a 79 anos. Três mortes ocorreram entre pacientes de 50 a 59 anos e duas entre crianças de 1 a 4 anos. Um bebê com menos de um ano também não resistiu, além de um adolescente e um adulto jovem.

Apesar de a maioria dos casos não ter um agente causador identificado, os vírus respiratórios conhecidos continuam em circulação. Do total de hospitalizações, 28 foram por Covid-19 e 29 por Influenza. Outros 95 casos foram provocados por outros vírus respiratórios e 169 ainda não têm agente especificado.

A baixa taxa de identificação dos vírus chama a atenção: apenas 31% das internações tiveram o agente infeccioso determinado. Isso pode estar relacionado à falta de testagem, atraso nos exames laboratoriais ou à circulação de vírus menos monitorados, o que dificulta o controle e a prevenção da doença.

Especialistas alertam que a vacinação contra gripe e Covid-19, além de cuidados com a higiene e o uso de máscaras em ambientes com surtos, continuam sendo importantes formas de proteção, especialmente para crianças pequenas e idosos, que são os grupos mais vulneráveis à SRAG.

O cenário preocupa em todo o estado. Em Minas Gerais, já são 29.371 hospitalizações por SRAG em 2025, com 1.588 óbitos registrados, o que resulta em uma letalidade de 5,41%. Em Uberaba, a gravidade da situação levou a Secretaria Municipal de Saúde a decretar estado de emergência em saúde pública no dia 26 de maio. Uberlândia lidera o ranking estadual de letalidade com 8,17%, seguida por Belo Horizonte, com 7,19%, ambas acima da média estadual.

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