ZOONOSE

Uberaba registra casos de Esporotricose Humana, saiba como prevenir

Os maiores transmissores da doença causada por fungos são os gatos

Publicado em 13/08/2025 às 14:05
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Esporotricose felina e canina: nódulos na ponte nasal (Fonte/Arquivo do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz/RJ)

Esporotricose felina e canina: nódulos na ponte nasal (Fonte/Arquivo do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz/RJ)

O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), atende casos de Esporotricose Humana no Ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFTM. Nesse ano (2025), quatro casos foram atendidos no HC-UFTM, em 2024 não houve registros da doença na instituição.

O número chama atenção, já que a Esporotricose Humana é uma doença de notificação compulsória e há registro de aumento dos casos em diversas regiões do território nacional. Segundo o Ministério da Saúde, a esporotricose é uma micose subcutânea causada por fungos, que entram no organismo, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum, embora cães também possam ser transmissores.

O paciente pode dar entrada no HC-UFTM diagnosticado, quando avaliado pela equipe da Zoonoses de um dos 27 municípios da macrorregião do Triângulo Sul. Em casos suspeitos, o diagnóstico também pode ser feito no HC-UFTM. “Para o diagnóstico, é colhido secreção das lesões para pesquisar a presença do fungo (Sporothrix) e encaminhado ao Ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFTM”, afirma o infectologista do HC-UFTM, Rodrigo Molina.

O Ministério da Saúde alerta que pessoas com lesões suspeitas devem procurar atendimento médico, preferencialmente um dermatologista ou infectologista, para investigação, diagnóstico e tratamento. “Os sintomas são: lesões e nódulos na pele, que se iniciam próximo à área onde houve a inoculação (como a mordida ou arranhadura do gato ou cachorro; ou machucado com plantas) e começam a formar nódulos embaixo da pele, que vão seguindo como um rosário. Outros sintomas irão depender dos órgãos acometidos”, alerta o médico.

As principais formas clínicas da doença são: cutânea (lesão única ou lesões múltiplas, localizadas no local da inoculação ou disseminadas em mais de uma região do corpo), linfocutânea: (forma clínica mais frequente, com pequenos nódulos, localizados na camada da pele mais profunda), extracutânea (acometendo outros locais do corpo, como ossos, articulações, mucosas, entre outros) e disseminada: (quando a doença se dissemina para outros locais do organismo, com comprometimento de vários órgãos ou sistemas).

O tratamento é eficaz, porém prolongado, por até um ano. “Utiliza-se como primeira opção comprimidos de antifúngicos específicos. Casos graves devem ser internados e tratados com antifúngicos injetáveis”, aponta Molina. O Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, oferece gratuitamente os medicamentos para o tratamento da Esporotricose Humana.

“A prevenção é feita adotando medidas de proteção individual e cuidados com animais de estimação, principalmente gatos. Evitar o contato direto com o fungo, usar equipamentos de proteção individual (EPIs) ao manipular terra ou plantas, e manter animais de estimação saudáveis e sob cuidados veterinários”, conclui o infectologista.

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