UFTM rompe contrato de limpeza

Deve ser publicada amanhã, no Diário Oficial da União, a portaria referente à rescisão contratual do Hospital de Clínicas de Uberaba com a terceirizada Adservs, que prestava serviços de limpeza ao estabelecimento hospitalar.

Segundo informações da assessoria de comunicação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, responsável pela administração do local, após a publicação oficial, os funcionários da empresa, que até ontem permaneciam desinformados sobre a situação da dissolução do contrato, deverão receber aviso prévio da Adservs, assim que vencidos os cinco dias que a empresa terá para recorrer da decisão unilateral.

Durante o cumprimento do aviso e enquanto não for lançada licitação para contratação oficial, a UFTM iniciará contrato emergencial para prestação do serviço com a empresa Calsemg, de Uberlândia.

“Já é uma situação insustentável, sem saber se vamos continuar trabalhando”, conta uma das trabalhadoras que, por medo de retaliações, preferiu não se identificar.

Segundo a UFTM, os funcionários poderão ser contratados pela nova empresa, conforme especificado na nota enviada à reportagem. “Como forma de evitar, na medida do possível, o desemprego junto a esses trabalhadores, já treinados e habituados à rotina da limpeza do hospital”.

Sobre os salários relativos ao mês de fevereiro e que deveriam ser pagos até o 5º dia útil desse mês, ou seja, na última segunda-feira, 7, os trabalhadores continuam apreensivos. “Ameaçamos outra greve no início da semana e parece que surtiu efeito, mas o que temos é o mínimo de informações. Muitas pessoas continuam desinformadas sobre a situação real e muito revoltadas, já que não sabem se vamos ou não receber”, afirma a funcionária.

De acordo com a superintendência do H.C., os trabalhadores não deixarão de receber os salários, pois serão pagos com o dinheiro que seria repassado à Adservs e funciona como uma espécie de calção para pagamento da mão-de-obra.

A expectativa é a de que o dinheiro seja depositado na conta dos funcionários ainda hoje.