A mudança de postura ocorreu após uma mobilização direta da cúpula atleticana (Foto/Divulgação Atlético)
O atacante Rony decidiu seguir no Atlético-MG após recuar do pedido de rescisão contratual que havia feito na Justiça por conta de salários atrasados. O jogador, que chegou a acionar o clube com base na Lei Geral do Esporte, retornará normalmente aos treinos com o restante do elenco.
A mudança de postura ocorreu após uma mobilização direta da cúpula atleticana. O técnico Cuca, o executivo de futebol Victor, o CSO Paulo Bracks e o presidente Sérgio Coelho fizeram contato com os representantes de Rony e conseguiram convencê-lo a desistir da ação judicial.
Os dirigentes prometeram quitar os vencimentos atrasados ainda nesta quarta-feira (23), compromisso que envolveu também os demais atletas do elenco. O Atlético-MG deve atualmente três meses de salários e de depósitos do FGTS.
A solicitação de Rony se baseava no artigo 90, parágrafo 1º, da Lei Geral do Esporte, que permite a rescisão indireta do contrato em caso de inadimplência igual ou superior a dois meses de salários ou direitos de imagem. Contratado no início da temporada por cerca de 6 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões), Rony foi campeão mineiro e disputou 28 partidas com a camisa do Galo, marcando 10 gols.
Apesar de apenas Rony ter acionado a Justiça, outros jogadores também pressionaram a diretoria. Todo o grupo notificou o clube extrajudicialmente para cobrar os valores em atraso. Com o acordo, a tendência é que o ambiente no elenco se estabilize, desde que os pagamentos prometidos sejam cumpridos.