De qualquer forma, o fato de carregar "Senna" em seu nome permitiu a Bruno assinar um contrato com os espanhóis
O tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna morreu em 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, e deixou milhões de fãs em todo o Brasil. Entre eles, não estava exatamente seu sobrinho Bruno Senna, que só tem o parente famoso como uma "referência" de piloto vencedor. Em seu ano de estreia na categoria, no qual garante que não ganhará "nenhum centavo" da equipe Campos, Bruno terá o tio apenas como uma das referências nas quais se baseará para tentar ser bem-sucedido. "Vai parecer clichê, mas eu não tenho ídolos. O Ayrton é apenas uma referência", garantiu, em conversa com a revista Veja desta semana. Com essa declaração, o segundo colocado da Fórmula GP2 em 2008, desde já evita muitas comparações com o tricampeão, ainda que admita que o sobrenome tenha ajudado a conseguir uma vaga na Campos. "Eles apostam no meu sobrenome famoso para atrair patrocinadores, mas idealizar alguém é uma péssima forma de iniciar uma carreira. Ao idealizar, você quer ser igual a essa outra pessoa. Meu objetivo não é esse", comentou. De qualquer forma, o fato de carregar "Senna" em seu nome permitiu a Bruno assinar um contrato com os espanhóis, sem ter de pagar pela vaga. "Conversei com todos os times neste ano, menos com a Ferrari. Queriam pelo menos 5 milhões de euros (R$ 12,7 mi) para assinar comigo, e fechei com a Campos Meta, porque eles toparam me contratar sem que eu precisasse levar dinheiro", comentou ele, projetando que será o único piloto a estrear no próximo mundial sem precisar gastar dinheiro.