Presidente Luís Inácio Lula da Silva cedeu aos apelos dos fabricantes e decidiu prorrogar a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os produtos de linha branca, mais uma vez. Mas ainda existem resistências no próprio governo. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista em Uberaba, Marcelo Árabe, uma das alternativas para o impasse será a volta gradual das alíquotas do imposto, como acontece com os automóveis. O benefício estava previsto para voltar à taxa normal a partir do dia 1º de novembro, para os produtos como geladeira, fogão, máquina de lavar e tanquinho. Gerente de vendas de uma loja de eletrodomésticos, Jean Carlos Mendes conta que, com a redução do imposto, as vendas aumentaram em até 30%, comparadas às do mesmo período do ano passado. “Acredito que, se for decidido o fim da redução do imposto, vai gerar outra correria do consumidor para compras nesta última quinzena do mês”, relata. Segundo João Batista Tavera, gerente de outra loja, o incentivo do governo em promover o consumismo veio em boa hora, já que neste mesmo período houve outros fatores que contribuíram para as vendas serem melhores que no ano passado. “A taxa básica de juros, a recuperação após a crise, a valorização do salário e a queda do dólar, como temos visto nestes últimos dias, também ajudaram na evolução das vendas”, afirma.