ESPORTE

Danone revela mágoa com falta de oportunidade no USC

Janaína Sudário
janaina@janainasudario.com.br
Publicado em 03/10/2009 às 23:19Atualizado em 17/12/2022 às 05:25
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Para ser um bom jogador é preciso contar com o talento e, também, com a sorte. Sorte que parece não estar jogando no time do atleta João Eurípedes Cobo Neto (Danone), que acaba de rescindir o contrato com o Uberaba Sport Club.   O jogador está na casa da mãe, em Conceição das Alagoas, para “colocar a cabeça no lugar”. Aceitou falar sobre os planos para a sua carreira e sobre a sua passagem pelo USC. Danone saiu das categorias de base do time colorado, quando disputou o Campeonato de Juniores, mas não teve oportunidade de mostrar o seu potencial. Após entrar em algumas partidas, na disputa pela Taça Minas Gerais, em 2008, o atacante sofreu uma entorse no joelho, no jogo contra o Tupi, que o afastou por duas semanas. Depois disso, o jogador retornou aos gramados no segundo tempo do jogo contra o América, pela mesma competição. A chegada do Campeonato Mineiro, já este ano, devolveu as expectativas ao jogador, que queria ajudar o time na competição. Porém, ainda na pré-temporada, outra contusão. Desta vez, um rompimento do ligamento cruzado impediu as suas atuações por mais de sete meses.   “Eu rompi o ligamento cruzado, mas quando me recuperei, em 26 de julho, não tive mais nenhuma oportunidade de jogar. Mas estava bem mesmo”, declarou Danone. A recuperação foi marcante. O apoio dos pais, Iramar e Antônio, da namorada Ana Luiza e de algumas pessoas presentes durante o período de afastamento, foram indispensáveis para incentivar o jogador a não desistir da sua careira.  “Fui pego de surpresa. Sempre tive fé em Deus; com ele ao meu lado e a minha família consegui me recuperar. Hoje, só tenho a agradecer, inclusive ao Dr. Constantino Calapodopolus, ao preparador físico Luís César e aos fisioterapeutas que foram importantes para o meu tratamento. O que eles fizeram por mim naquele momento, não tenho como retribuir, mas Deus fará isso, melhor que eu”.   As escalações esperadas não surgiram, e o jogador continuou fazendo os treinamentos com a equipe, sem entender as razões que o mantinham longe dos campos. “Eu não tinha nada contra o treinador. A escolha de quem colocar para jogar era dele, só queria uma oportunidade. A minha convivência com o grupo era boa, só que estou numa idade que tenho que jogar, porque só jogando tenho como aparecer e mostrar minhas qualidades”, acrescentou. Agora, e com apenas 20 anos, o atacante quer dar a volta por cima, mostrando o seu futebol numa outra equipe. “Não quero desistir da minha carreira profissional e quero vê-la reconhecida. Quero agradecer a todos que me acolheram e dizer que pretendo um dia voltar a vestir a camisa do Uberaba Sport,e espero que numa situação melhor”, afirmou.   Para o médico do Uberaba Sport Club, Dr. Constantino Calapodopolus, falta estrutura no clube: “O Uberaba, que eu acompanho há mais de trinta anos, e faço isso porque gosto, não dá estrutura alguma para estes jogadores carentes. O caso do Danone, por exemplo, um jogador que tem potencial. Quando ele se machucou, eu o levei para ser operado no Hospital das Clínicas e depois da sua recuperação não o vi jogar. Por que? Porque o Uberaba Sport Club não dá valor aos “pratas da casa”. Às vezes, um jogador que saiu das categorias de base, faz um jogo ruim e nunca mais é escalado. Enquanto isso não acontece com um atleta que vem de fora. Mas, o fato é que faltou motivação para este jogador, e com certeza ele terá grandes chances em qualquer outra equipe, porque vai se sentir mais entusiasmado e respeitado fora de Uberaba”, revelou o médico. Quanto ao seu futuro no futebol, Danone deve assinar a sua rescisão com o USC na segunda-feira, e depois correr atrás da sua carreira como jogador profissional.          

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