Despesas levam quase metade da renda do Uberaba Sport Clube

Na final da Taça Minas Gerais o público para Uberaba e Villa Nova, no Uberabão, foi de 9012 pagantes. A renda bruta desta partida girou em torno de R$ 87.355,00. No entanto, as despesas cobradas numa partida de futebol profissional tiram boa parte desta verba. Sobrou para o clube R$ 48.820,35. Os gastos com a partida foram de R$ 38.834,65.   Nestas despesas estão incluídos 10% para Federação Mineira de Futebol (FMF) e 1,5% destinados à Liga Uberabense de Futebol (LUF). Com a arbitragem e autoridades da FMF foram gastos R$ 4.923,00.   Além de despesas com o INSS, o seguro do torcedor, ainda são cobrados mais 10% da renda bruta para o Estádio Engenheiro João Guido. Na final da Taça Minas, o USC pagou R$ 8.735,00 de aluguel do estádio.   Em entrevista ao Jornal da Manhã, Antonio Luís, tesoureiro do USC, mostrou indignação. “Realmente são muitas despesas. Na minha visão isso é um absurdo, fazer futebol no interior é muito complicado. Renda de jogo não paga folha de jogador. Na verdade a gente fica triste, mas a ligação e o amor pelo futebol, principalmente pelo Colorado, são maiores”, desabafa.   O tesoureiro revela que 30% da receita líquida da final da Taça Minas Gerais foram destinados ao pagamento das dívidas com a Justiça.   FMF. Segundo Sílvio Cleber Costa, fiscal de arrecadação da FMF, somente no estádio Uberabão e no Mineirão são abatidos o aluguel do estádio. Ele conta que no Mineirão são abatidos cinco mil reais por partida. Enquanto no Uberabão, o aluguel equivale a 10% da renda bruta.   Outras despesas estão ligadas à marcação do campo, transporte e diária de autoridades.   No Campeonato Mineiro a situação tende a piorar. Para o USC, a taxa de arbitragem de um trio da FMF será de R$ 7.265,00. Caso o trio seja da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o valor sobe para R$ 8.216,00. Sendo da FIFA o trio receberá R$ 9.641,00.