ESPORTE

Nacional encontra saída para acabar com a crise

Mesmo não participando das competições de 2009, o Nacional Futebol Clube continua representando Uberaba.

Publicado em 15/04/2010 às 09:27Atualizado em 20/12/2022 às 07:04
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Mesmo não participando das competições profissionais no ano de 2009, o Nacional Futebol Clube continua representando Uberaba.   Algumas das perguntas mais frequentes entre os torcedores, adversários e a imprensa esportiva eram - O que aconteceu com o Nacional? Acabou a rivalidade? O time volta quando? Quando teremos o clássico Ubernal?   A equipe está na Segunda Divisão de Minas, a famosa Terceirona. As inscrições vão até 30 de abril, e até o momento nenhuma equipe confirmou participação.   O maior obstáculo a se enfrentar não é novidade para ninguém. Todos sabem que o fator financeiro atinge a maioria dos clubes do interior.   Entretanto, será que os dirigentes do Naça têm um projeto para a temporada de 2010? Será que há um planejamento para que o clube ganhe, e os financiadores tenham sua marca em local de destaque?   Entre outros assuntos, com exclusividade, o Jornal da Manhã entrevistou o Presidente do Nacional, José Humberto Moraes.   Jornal da Manhã - Em termos gerais qual a real situação do clube? José Humberto Moraes - O Nacional parou no ano passado para sanear algumas dívidas. Nesse momento temos algumas propostas de fora para voltarmos à ativa. O objetivo é analisar para buscar o melhor para o time.   JM - A Instituição vai disputar a Segunda Divisão? JH - Estamos correndo atrás para viabilizar isso. Não vamos fazer nada de última hora e sim algo com planejamento. A própria Federação Mineira de Futebol não tem um planejamento para esse campeonato, tudo é muito bagunçado. Até para conseguir patrocínio é complicado. O trabalho está sendo feito nesse sentido, levantando alguns custos, e no final do mês estaremos com isso praticamente fechado.   JM - Quais são os valores que a equipe precisa? JH - Isso vai depender muito do período do Campeonato. No calendário da FMF está de julho a novembro. Isso requer no mínimo para disputar a Terceira, algo em torno de 50 a 60 mil reais mensais. Isso envolve elenco, comissão técnica, alimentação, moradia, funcionários. São jogos deficitários, onde se paga para jogar.   JM - Tem algum repasse do poder público ou setor privado para o Clube? JH - Do setor privado não tem. Agora do poder público tenho que receber 30 mil reais de 2008, que ainda no foram pagos. Isso está a nível da Secretaria de Esporte. O Belzinho e o Turkinho vão fazer esse levantamento para ver a forma desse repasse. O convênio previa um acordo de 50 mil reais, recebemos 20 mil, e ficaram 30 para receber.   JM - O Nacional tem dívidas? JH - Tem. Eu sempre mantenho atualizados esses valores. Vou ter que atualizar novamente. Ela existe, mas não é nada que assuste. São débitos parcelados que a gente irá sanar com rapidez. Temos que nos unir, ter força e trazer patrocínios para acabar com isso.   JM - O JK que é a fonte de renda do Nacional? JH - Maior renda que nós temos é o Proeti. Paga R$5.800. Dou 5% para a imobiliária e R$ 2.900 é descontado de IPTU.   JM - E as Categorias de Base? JH - Coloquei na categoria de base o Rui e o Galinho para tomarem frente. A gente mantém o custo através de inscrição, viagens e materiais. Isso é o que a gente faz e quando não consegue um patrocínio, ajudamos nesse sentido para não parar. Mas percebo que está indo muito bem, fico feliz com os resultados que estão vindo. E esse trabalho com certeza será aproveitado para que o profissional tenha algum benefício.   JM - A estrutura do JK comporta um elenco profissional? JH - Não comporta uma equipe profissional. Nós temos que modificar. Temos hoje uma casa para ser reformada. O gramado tem que ser reformado. A Secretaria de Esportes iria nos dar um dinheiro, mas não deu na época. Não está com estado ruim, mas nos gols e no meio do campo não está legal e têm que ser feito alguns reparos.   JM - Existe a possibilidade de vender o JK ? JH - Não. Nunca cogitei isso e nunca irei pensar nessa situação. Acho que temos é que adquirir e não perder, esse é o meu pensamento. Se há alguém comentando sobre isso, só se for pelo Conselho. E claro, são eles que decidem.   JM - Há projeto para atrair investidores? JH - Tem. Vamos trabalhar o marketing. O intuito é trazer uma pessoa ligada ao futebol para trabalhar a marca do Nacional e contactar empresas. Temos propostas aqui dentro de Uberaba para assumir essa função no time. Ontem (terça-feira) recebi uma proposta de fora da cidade, de quem está disposto a nos ajudar. Eles pediram para não citar nomes, mas tenho o documento em mãos. O próximo passo é marcar uma reunião com esse pessoal de São Paulo, e também com as empresas da cidade.   JM - Qual o motivo do Nacional ter caído tanto? JH - O futebol ficou muito caro de fazer e o nosso maior público em 2008 foi de 240 pessoas. Não se mantém esse esporte com isso. Quando termina um jogo, o clube tem taxa de iluminação, taxa de policiamento, impostos e várias outras despesas para pagar. Quando o público não é suficiente, proporciona um déficit de dois ou três mil a cada partida, então só vai acumulando dívidas. Não adianta ter uma fazenda e não ter boi para por nela.   JM – Qual a avaliação do seu mandato? JH - Vou ficar no Nacional durante seis anos. Fiz tudo na medida do possível. No resto, nossa função é pagar contas, essa é a realidade. Outra função é segurar para não perder patrimônio por preço irrisório. Uma das únicas coisas que o Nacional tem o estádio JK.

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