Em campo os jogadores dos dois times comportaram-se bem, fora, torcedores e jogadores do Fabrício esqueceram a esportividade e protagonizaram cenas de violência
Fato lamentável marcou a semifinal do Campeonato Juvenil da Liga Uberabense de Futebol na sexta-feira, dia 3, no Estádio Glayer Leite. O técnico do Nacional, Lúcio Vaz, foi agredido após o jogo entre sua equipe e o Fabrício. Em campo, as duas equipes disputaram a partida sem maiores problemas e o Naça venceu o Fabrício por 2 a 0. Com a vitória, seguirá na competição e fará a final contra o Independente, classificado após ganhar do Tupi por 3 a 0. Mas, se em campo os jogadores dos dois times comportaram-se bem, fora das quatro linhas, torcedores e jogadores do Fabrício esqueceram a esportividade e protagonizaram cenas de violência. Depois do apito final, Lúcio foi agredido por um grupo de torcedores e jogadores do Fabrício. “Foi uma coisa preparada em virtude de um mal entendido com a mãe do jogador Giovane, no primeiro jogo. Fiz um questionamento com o árbitro da partida sobre o cartão amarelo que este jogador recebeu, e quando estava indo embora do campo, duas senhoras me agrediram. Elas estavam acompanhadas de alguns rapazes, mas ficou só nisso. No final do jogo de sexta-feira estávamos reunidos para fazer a oração, quando vimos uma quantidade de pessoas correndo e partindo para cima dos meninos”, relata o treinador. “Todos saíram correndo, mas a confusão já estava armada. E quando vi, tinham umas 10 pessoas com barras de ferro, tentando me acertar. A sorte foi que eu consegui me defender. Graças a Deus e à intervenção do sargento Edélcio, da Polícia Militar, além do nosso massagista, William Ferreira Lopes, não sofri nenhum arranhão”, completou. Quanto aos jogadores do Fabrício, Lúcio contou que foram eles que induziram os agressores para partirem para cima dos atletas do Nacional. “Alguns atletas do Fabrício estavam induzindo as pessoas a pularem o alambrado e baterem nos nossos meninos também. Inclusive, o camisa 8 do Fabrício, ficou dentro do campo ajudando na briga”, afirmou. Para Lúcio Vaz, o pior foi tudo ser premeditado. Ele acredita que algumas pessoas do time do Glayer Leite sabiam que aquilo poderia acontecer. “Eu fico magoado. Joguei no Fabrício, tenho oito títulos de campeão atuando por este clube e tenho certeza que algumas pessoas sabiam de tudo. Mas o Fabrício é muito maior do que aquelas pessoas que estavam lá, achando que aquela agressão era festa”, finalizou Lúcio. Fabrício. A equipe era dona da melhor campanha da competição. Paulo Borges, responsável pela categoria Juvenil do Fabrício, disse estar chateado com a confusão. “Perdemos o jogo dentro de campo. Não queríamos ver aquilo tudo acontecer”. O árbitro da partida, Luiz Ricardo Rosa, citou os fatos na súmula que será encaminhada ao Tribunal de Justiça Desportiva. Para o presidente da Liga Uberabense de Futebol (LUF), Roberto Fernandes, é possível que o Fabrício perca o mando de campo e os jogadores peguem suspensão de cerca de 500 dias. “No jogo entre Atlético/Uberaba e Bonsucesso, aconteceu quase a mesma coisa e os garotos que foram reconhecidos pegaram 540 dias de suspensão. Agora é esperar o resultado dos julgamentos”, comparou Roberto. O relatório será encaminhado para julgamento hoje e analisado pelo Tribunal de Justiça Desportiva da LUF, que marcará o julgamento.