Após disputar o Campeonato Paulista pelo Rio Claro, o uberabense Luciano da Costa Ferreira ainda não decidiu o seu futuro. Segundo o zagueiro, que tem 31 anos, de concreto houve uma proposta do Juventude-RS para o Campeonato Brasileiro da Série “C”. No entanto, devido à situação financeira do time gaúcho, o jogador optou por esperar um contrato mais sólido. Este ano, no Rio Claro a equipe de Luciano amargou o rebaixamento para Série A2 do Paulista. O decreto aconteceu depois da derrota fora de casa para o Corinthians, a virada surpreendente do Ituano para cima da Portuguesa, e o triunfo do Paulista de Jundiaí sobre o Palmeiras. Nos bastidores, chegou a ser ventilado que houve “mala preta” na rodada. Este termo é usado no futebol quando uma equipe recebe para perder o jogo. “Em termo de investimento acredito que não influenciou. Mas aquele que menos investiu foi o Rio Claro, porque não queria fazer dívidas. O intuito da empresa onde o César Sampaio é o diretor de futebol é acabar com as dívidas do clube até 2011. E com pouco investimento em qualquer lugar é difícil se manter diante de equipes com poder de fogo bem maior que o o nosso”, disse Luciano. Apesar de nunca ter atuado profissionalmente em nenhuma equipe da sua cidade natal, o currículo do jogador é de dar inveja. Luciano começou nas categorias de base do Uberaba Sport, atuou também quatro anos na base do São Paulo. Em 1999 foi emprestado para o Náutico, onde atuou em duas temporadas e conseguiu um acesso à Série “B”. A outra transferência foi para o Criciúma, conquistando um estadual e dois títulos nacionais. Após o Criciúma, o defensor atuou no time da Cruz de Malta, Vasco da Gama. Naquela ocasião o baixinho Romário foi artilheiro do Brasileiro, com 39 anos de idade. Houve também passagens no Joinvile-SC, Paraná-PR, Paysandu-PA e Rio Claro-SP. O zagueiro teve a grande oportunidade de atuar no USC no ano passado. Porém, os dirigentes não quiseram contar com o atleta. “Em agosto estava em Uberaba. Ofereci-me para jogar no Uberaba porque você não pode ficar parado. Foi até colocado a respeito de salário e aceitei a receber o que eles estavam pagando. Passei meu telefone e eles não deram nenhuma resposta. Acredito que eles acharam na época que não tinha futebol para atuar com a camisa do Uberaba”, finaliza.