Pais de alunos que estudam em escolas instaladas na rua Afonso Ratto estão preocupados com o trânsito daquela região. Na via, que está sendo utilizada como desvio, devido às obras do projeto Água Viva, ônibus e caminhões circulam durante todo o dia. Porém, além de alguns desses empreenderem alta velocidade, a largura da rua também faz com que a insegurança aumente ainda mais. A maior cobrança, porém, diz respeito a não presença de guardas municipais nas imediações, os quais controlariam o trânsito.
O Colégio Osvaldo Cruz é um dos prejudicados. Antes das obras, a entrada e saída de alunos eram feitas pela entrada da avenida Leopoldino de Oliveira, bem mais larga do que a rua Afonso Ratto.
Odilmaris Guido Fernandes Saad, presidente da mantenedora do Colégio Osvaldo Cruz, diz entender que as alterações no trânsito visam melhorar a cidade. Porém, ela reforça que as crianças estão correndo perigo. “Muitos motoristas de ônibus são inconsequentes. Sabemos que eles precisam cumprir seus horários, mas é preciso zelar primeiramente pela vida das crianças. Só não houve acidentes aqui por que estamos colocando nossos próprios funcionários para cuidar da segurança dos alunos durante a entrada e saída”, explica, revelando que, visando proteger ainda mais as crianças, cones de proteção são colocados em frente a saída da rua Afonso Ratto, para que os pais e vans escolares estacionem com um pouco mais de segurança. “Ainda assim, muitos pais já foram multados por terem permanecido parados por dois minutos ao deixar seus filhos, crianças de apenas dois anos, nas mãos dos professores. O estranho é que caminhões que fazem entregas no Bretas, aqui ao lado, ficam parados por horas e não são multados. A Guarda Municipal, quando aparece, é para aplicar multas”, questiona.
Procurado pela reportagem, o secretário municipal de Trânsito, Ricardo Sarmento, revelou que na próxima semana o trecho entre as ruas Guido Bilharinho e Antônio Pedro Naves será liberado, o que liberará a entrada pela avenida Leopoldino de Oliveira do Colégio. Por outro lado, ele afirmou que irá cobrar a presença de GMs nos horários de entrada e saída dos estudantes.