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Brasil proíbe testes em animais para cosméticos e produtos de higiene pessoal

Nova lei veta uso de animais em testes de cosméticos, perfumes e higiene. Medida exige métodos alternativos e restringe rótulos como “livre de crueldade”

O Tempo
Publicado em 31/07/2025 às 09:42
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Brasil proíbe testes em animais para cosméticos e produtos de higiene pessoal (Foto/Reprodução)

Brasil proíbe testes em animais para cosméticos e produtos de higiene pessoal (Foto/Reprodução)

Produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes não poderão mais ser testados em animais no Brasil. A nova legislação, publicada nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União, determina a proibição da utilização de animais vertebrados vivos tanto no teste final dos produtos quanto na análise de seus ingredientes.

A medida também impede que empresas usem dados de testes em animais realizados após a vigência da norma para registrar produtos no país — salvo em casos excepcionais, quando se tratar de ingredientes amplamente utilizados e sem substituto viável. Nesses casos, será necessária autorização especial do Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), desde que haja risco real à saúde humana e ausência de métodos alternativos de avaliação.

Impactos para a indústria e consumidores

Outra mudança importante é que os rótulos não poderão exibir selos como “livre de crueldade” se a segurança do produto tiver sido comprovada com novos testes em animais, ainda que realizados para atender normas de outros países. A fiscalização desse tipo de informação caberá às autoridades sanitárias.

Para produtos testados antes da publicação da nova lei, a comercialização segue permitida. Já as empresas que desejarem manter ou registrar novos itens precisarão recorrer a métodos alternativos de testagem reconhecidos internacionalmente.

Prazo para regulamentação

O governo terá até dois anos para regulamentar os procedimentos relacionados ao uso de métodos substitutivos, bem como criar um plano nacional para disseminá-los e fiscalizar a aplicação da lei. Também será necessário publicar relatórios a cada dois anos com dados sobre a solicitação e o uso de testes em animais pelas empresas.

A nova legislação responde à crescente demanda por práticas mais éticas na indústria da beleza e da higiene pessoal, aproximando o Brasil de padrões já adotados por países como a União Europeia, que proíbe esse tipo de prática desde 2013.

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