Segundo a assessoria da Cemig, as novas tarifas começam a valer a partir de hoje, mas os consumidores só sentirão o aumento na fatura de maio
Mais uma vez, o consumidor sofrerá no bolso o impacto do reajuste da tarifa de energia elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou os reajustes de 3,71% para os consumidores residenciais e de 3,88%, em média, para os demais consumidores na rede de baixa tensão da Empresa. Esses valores são menores que o índice registrado em 2011, de 6,61%. Já para os consumidores cativos de alta tensão, o reajuste será de 3,79%. Na média geral, o impacto do reajuste para todas as classes de consumidores cativos será de 3,85%.
Segundo a assessoria de imprensa da Cemig, as novas tarifas começam a valer a partir de hoje, mas os consumidores só sentirão o aumento na fatura de maio. No entanto, dependendo da data de fechamento da conta de energia, alguns consumidores irão pagar, já em abril, uma parte referente ao valor reajustado.
Os fatores que mais impactaram no reajuste deste ano foram a redução de 51,5% na Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), subsídio para geração térmica em sistemas isolados localizados na região Norte do País, o aumento de 25% no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), o aumento de 11,7% em encargos de transmissão e a elevação de 8,3% no valor da energia comprada. A cobertura para os custos operacionais da distribuidora sofreu variação de apenas 3,8%, em relação a 2011, diante de variação da inflação medida pelo IPCA de 5,5%.
Outros fatores que também interferem diretamente no cálculo da tarifa são a dimensão da distribuidora e o consumo médio de seus clientes. Segundo a assessoria de imprensa, a Cemig possui uma grande área de concessão (578,4 mil quilômetros quadrados) e a maior extensão de rede da América do Sul (quase 500 mil km), em função da amplitude territorial do Estado. Isso acarreta aumento no volume de investimentos e alto custo de operação e manutenção das linhas e redes de distribuição. Além disso, o consumo médio dos consumidores residenciais da Cemig é muito baix 122 kWh/mês.
Do valor cobrado na tarifa, apenas 30% ficam na Cemig e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação e os custos operacionais da Concessionária. Os 70% restantes são repassados para cobrir encargos setoriais (9%), tributos (25%), energia comprada (30%) e encargos de transmissão (6%).