Manter o estado de greve sem que prejudique a população. Essa foi a conclusão da reunião realizada ontem na delegacia de plantão entre agentes, escrivães e investigadores
Manter o estado de greve sem que prejudique a população. Essa foi a conclusão da reunião realizada ontem na delegacia de plantão entre agentes, escrivães e investigadores com o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindipol/MG), Denílson Martins, que esteve em Uberlândia pela manhã e em Uberaba durante a tarde. O delegado regional Francisco Gouvêa também participou.
A reunião, segundo Denílson, foi para fortalecer os movimentos relacionados ao estado de greve, declarado desde 10 de maio. “As demandas imediatas, como autuação em flagrante e TCO e ações referentes a réu preso e alvará de soltura, serão atendidas normalmente. Os demais procedimentos serão acolhidos somente 50%”, explica o presidente.
Denílson revela que a pauta reivindicatória foi apresentada ao governador Antonio Anastasia no ano passado e ainda não teve resposta. Entre as reivindicações estão a valorização remuneratória, implantação de subsídio e aumento do efetivo. “Temos o mesmo efetivo da década de 80: pouco mais de nove mil servidores para prestar serviço a 20 milhões de mineiros e uma demanda de 50 mil policiais militares. Situação muito delicada e não podemos mais esperar, por isso deflagramos a greve”, relatou.
O presidente do Sindipol considera o caso de Uberaba um dos mais graves do Estado. “O efetivo aqui está bem abaixo do ideal. E tem a peculiaridade das más condições de trabalho dos servidores: prédio antigo, diversas avarias e que vem sendo constantemente objeto de reivindicações, porém sem nenhuma atenção do governo”, finalizou.
Para o delegado regional, a greve é válida, desde que a população não saia prejudicada. “A gente tenta se desdobrar e trabalhar mais do que dá conta. Ultimamente, tentamos fazer com que as pessoas entendam nossas dificuldades em fazer o nosso trabalho, só que olhando a qualidade e não a quantidade”, concluiu Francisco.