Preferido do brasileiro e combinação tradicional do arroz, o feijão está em média 20% mais caro e deve manter alta. Pesquisa realizada pelo Jornal da Manhã em nove estabelecimentos constatou que preços variam de R$ 2,30 a R$ 3 para a marca mais consumida.
Proprietário de supermercado no bairro Abadia, Moacir Batista observou que o produto é linha de frente nas prateleiras alimentícias e o acréscimo já começa a interferir no montante das compras. O comerciante Celso Silvani lembrou que o reajuste não passou despercebido pelo cliente. “Mesmo quem não pesquisa preço, chegando ao caixa, assusta-se com o valor e acaba deixando de levar a quantidade habitual. Quando produtos da cesta básica encarecem, o consumidor retrai a compra”, declarou.
Segundo o presidente da Associação dos Supermercadistas (Assuper), José Vicente da Silva, a alteração não surpreendeu a categoria, já que a variação de preços tem sido constante. Em queda no início do ano, o preço do fardo de feijão, que era comercializado por R$ 60, despencou para R$ 42, mas novamente voltou a subir. José Vicente não considerou o aumento relevante por conta da rotação no entreposto. Para o líder classista, com o aumento dos combustíveis, a tendência é de que outros itens da cesta básica, como óleo de soja e açúcar, também disparem.
O clima foi um dos problemas que elevaram o custo de um dos produtos mais tradicionais no Brasil. Análise é do secretário Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagri), José Humberto Guimarães. O titular da Sagri esclareceu, no entanto, que lavouras comerciais, quando praticadas no município, resumem-se ao mínimo.