PESQUISA DE OPINIÃO

Impeachment de Moraes é defendido por 46% da população; 43% são contra

Como a pesquisa divulgada pela Genial/Quaest tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, há empate técnico

Renato Alves/O Tempo
Publicado em 25/08/2025 às 17:11
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Pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (25) mostra que 46% dos brasileiros são a favor do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto 43% são contra. Outros 11% disseram não saber ou não responderam.
Como a pesquisa possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, há empate técnico entre apoiadores e opositores ao impeachment de Moraes. A Quaest entrevistou 2.004 pessoas presencialmente, entre 13 e 17 de agosto, com nível de confiança de 95%.

Em outra pergunta, 49% dos brasileiros disseram que a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes pelos EUA é injusta. Já 39% acham justa a medida. Outros 12% não souberam ou não responderam.

A legislação dos EUA prevê punições como bloqueio de bens, contas e proibição de entrada no país. A medida visa punir estrangeiros envolvidos em corrupção ou graves violações de direitos humanos.

Maioria é a favor da prisão de Bolsonaro

Para 55% dos brasileiros, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi justa, conforme a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira. Já outros 39% acharam a medida injusta, enquanto 6% disseram não ter opinião ou preferiram não responder. 

Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro em 4 de agosto. O magistrado alegou que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas junto da tornozeleira eletrônica, como não poder postar em redes sociais.

A Quaest também perguntou aos entrevistados por que Bolsonaro participou das chamadas de vídeo durante atos por anistia em 3 de agosto, um dos motivos que levou à prisão domiciliar. A maioria vê a ação como proposital para provocar o ministro do STF.

Os entrevistados foram perguntados “por que você acha que Bolsonaro participou da chamada de vídeo?”. Eles responderam assim:

Para 57%, Bolsonaro queria provocar Moraes, e fez isso de propósito;
Outros 30% disseram que Bolsonaro não entendeu bem as regras impostas por Moraes e errou;
Não sabe/Não respondeu: 13%.

Os entrevistados também responderam se sabiam que Bolsonaro está sendo julgado no STF por suposta tentativa de golpe. Foram 86% de respostas “já sabia”, enquanto 14% disseram que “ficou sabendo agora”. Em março, 73% sabiam do processo, enquanto 27% disseram o contrário.

Maioria diz que Bolsonaro participou de plano de golpe

A Quaest já fez outras duas pesquisas em que pergunta aos brasileiros se eles acreditam que Bolsonaro participou do suposto plano de tentativa de golpe. Hoje, os que assim acreditam são 52%, uma oscilação para cima em relação aos 49% de março de 2025.

Os que responderam não a essa pergunta são 36%, também uma oscilação para cima em comparação aos 35% de março. Já 10% não sabem ou não responderam, enquanto 2% dizem que não houve tentativa de golpe.

Entre os que não tem posicionamento, a maioria é daqueles que acreditam que Bolsonaro participou de um plano de tentativa de golpe. Eles são 58% ante 25% que pensam o contrário. Outros 2% dizem que não houve tentativa de golpe e 15% não sabem ou não responderam

PGR tem até quarta (27/8) para se manifestar sobre Bolsonaro

O STF marcou para 2 de setembro a primeira das sessões do julgamento sobre a suposta trama golpista, que tem Jair Bolsonaro e outros sete como réus. Ele está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, devido a descumprimento de ordem judicial que o impedia de usar redes sociais. 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até a manhã da próxima quarta-feira (27/8) para apresentar um parecer sobre as explicações dadas por Jair Bolsonaro a respeito de supostos descumprimentos de medidas cautelares. 

O prazo de 48 horas começou a contar na manhã desta segunda-feira (25/8), após o STF enviar as manifestações da defesa de Bolsonaro. Essas manifestações foram protocoladas por volta das 10h30, iniciando o período para análise pela PGR.

Os esclarecimentos foram exigidos por Alexandre de Moraes na semana passada, após relatório da Polícia Federal (PF) apontar violações às decisões judiciais, incluindo contatos proibidos, planejamento de fuga do Brasil e condutas ilícitas reiteradas. 

Antes de o ministro decidir sobre o futuro do caso, a avaliação das justificativas entregues pela defesa de Bolsonaro será feita pela PGR. Essa análise determinará se as justificativas apresentadas são suficientes para afastar ou reforçar os riscos já apontados pela investigação relacionada à trama golpista.

Na última sexta-feira (22/8), a defesa de Bolsonaro apresentou os esclarecimentos em um documento de 12 páginas. Segundo os advogados, a PF fez uso político contra o ex-presidente, negou a tentativa de fuga e afirmou que não descumpriu as medidas cautelares.

Fonte: O Tempo.

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