Justiça encontra provas contra acusado de matar Bozinho

A Justiça impronunciou o réu Maikon André Nunes, que é apontado pelo departamento de homicídios da Polícia Civil como um dos suspeitos de assassinar com dez tiros Rodney Alves Paroneto, mais conhecido como Bozinho. A medida foi tomada pelo juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Uberaba, Ricardo Cavalcante Motta, com apoio no artigo 414 do Código de Processo Penal, uma vez que as testemunhas não reconheceram o réu como um dos autores do crime.

Outro suspeito de praticar o crime, Renato Luís dos Santos, teve o processo desmembrado ao de Maikon e tramita na Justiça à parte. Segundo o processo, a esposa da vítima disse que não presenciou o assassinato e não viu os assassinos de seu marido. Disse ainda que só ficou sabendo das acusações contra os réus pela imprensa. A única testemunha que estava no local do homicídio, Hélio José Graciano, nada esclareceu quanto à autoria do crime.

Por estes motivos e atendendo à jurisprudência, o magistrado optou por impronunciar Maikon. Porém, enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia se houver novas provas contra o réu.

O crime. Bozinho foi executado na presença de dezenas de pessoas, na noite do dia 21 de janeiro de 2005, na porta de um bar situado na rua Sara Abdanur, no bairro Leblon. Ao perceber que estava sendo perseguido, ele tentou se esconder no bar, mas sem êxito. Os autores dos disparos, com arma de grosso calibre, ignoraram até mesmo o fato de Bozinho ter nos braços sua filha, então com dois anos de idade. A menina acabou ferida na perna, enquanto seu pai morreu na hora, com cerca de dez tiros.