Claviana, que estava construindo o imóvel desejado, deixa uma filha de 5 anos e um menino de 1 ano e 6 meses
Claviana ficou internada durante seis dias após comer a 'couve falsa' (Foto/Divulgação/Corpo de Bombeiros/Reprodução/Redes sociais)
“Uma mulher guerreira, trabalhadora e que sempre correu atrás para conquistar o que desejava”. É dessa forma que Geovana Cristina se refere à tia, Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, que morreu após uma intoxicação alimentar por ingerir a “falsa couve” em Patrocínio, no Alto Paranaíba, Minas Gerais. Claviana ficou seis dias internada e será sepultada em Guimarânia nesta terça-feira (14/10).
Em um vídeo que circula nas redes sociais, Geovana conta que a família “ainda está processando o que aconteceu”. “É difícil de acreditar, pois eles estavam reunidos para almoçar e aconteceu essa fatalidade. Tínhamos esperança de que ia ficar tudo bem e que ela iria melhorar.”
A familiar recorre à fé para tentar compreender a tragédia. “Os planos de Deus são diferentes dos nossos”, afirma.
Conforme o relato de Geovana, Claviana vivia um momento de plena realização pessoal. “Ela estava feliz porque seu grande sonho era ser mãe, algo que ela concretizou ao ter dois filhos: uma menina de 5 anos e um menino de 1 ano e 6 meses. Outro motivo de felicidade era a construção da tão sonhada casa própria”, detalhou Geovana, que lamentou o fato de a tia não poder ver o imóvel pronto.
Sobre o caso
Quatro pessoas foram internadas com suspeita de intoxicação alimentar após consumirem a planta Nicotiana glauca, uma espécie tóxica conhecida como “falsa couve”, na zona rural de Patrocínio. As pessoas consumiram a planta durante uma confraternização familiar, realizada em 8 de outubro.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a família havia se mudado recentemente para a chácara e acreditava que a planta era couve por causa da semelhança com o vegetal.
Os moradores refogaram a planta, que também é conhecida como “charuteira” ou “couve-do-mato”, e a serviram no almoço. Após a refeição, as quatro pessoas começaram a apresentar mal-estar, dormência nas pernas, fraqueza, dificuldade para respirar e visão embaçada.
Fonte: O Tempo