INVESTIGAÇÕES

Padre 'exorcista' e faixa preta em jiu-jítsu é acusado de agredir idosa durante missa em São Paulo

Publicado em 13/08/2025 às 08:55
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Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou ter sido atingida por tapas, chutes, socos e puxões de cabelo, além de ser arremessada contra um banco (Foto/Reprodução)

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou ter sido atingida por tapas, chutes, socos e puxões de cabelo, além de ser arremessada contra um banco (Foto/Reprodução)

A Polícia Civil investiga um caso de violência ocorrido dentro de uma igreja em São Manuel, no interior de São Paulo, envolvendo o padre João José Bezerra, acusado de agredir uma fiel de 62 anos durante uma celebração religiosa. O episódio foi registrado como lesão corporal no dia 7 de agosto, na Paróquia Nossa Senhora Consolata, bairro Flamboyants.

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou ter sido atingida por tapas, chutes, socos e puxões de cabelo, além de ser arremessada contra um banco. As agressões teriam ocorrido durante a passagem do Santíssimo, momento em que o padre conduz a hóstia consagrada para abençoar os fiéis.

Ainda de acordo com o registro, a mulher estava deitada no chão em “repouso no Espírito Santo” quando, segundo seu relato, começou a manifestar um “espírito maligno” e perdeu a consciência. Nesse momento, o sacerdote, que se apresentou como “exorcista” no início da celebração, teria iniciado a violência física. Testemunhas afirmam que as agressões só pararam após a intervenção de pessoas presentes na missa.

A irmã da vítima, que também participou da celebração, contou à TV TEM que o padre chegou ao local pedindo para que todos se afastassem e jogando água benta na mulher. “Quando ele viu que não estava conseguindo, partiu para a agressão. Puxava ela pelo cabelo, jogava contra o banco e batia no rosto, mesmo quando ela já pedia para parar”, relatou.

O padre, que atua em Cerqueira César (SP) e é faixa preta de jiu-jítsu, teria deixado a igreja sem prestar esclarecimentos. A vítima apresentou fotografias dos hematomas e um receituário médico que confirma as lesões.

Em nota, a Arquidiocese de Botucatu manifestou “profundo pesar e consternação” pelo ocorrido, pediu desculpas pelo sofrimento causado e classificou a violência como “absolutamente incompatível” com a missão da Igreja e o Evangelho. O padre foi afastado cautelarmente de suas funções.

A Arquidiocese informou ainda que está custeando o tratamento médico da mulher, instaurou um procedimento interno para apurar o caso e colabora com as investigações.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o inquérito foi conduzido pela Delegacia Seccional de Botucatu, que ouviu o suspeito e testemunhas e analisou imagens do ocorrido. O caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim). O Tribunal de Justiça de São Paulo não se manifestou até a publicação desta reportagem.

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