AUMENTO DE CONSUMO

Passada a crise do metanol, setor de bebidas espera crescimento de 12% em Minas neste fim de ano

Sindicato espera avanço de 5% do resultado consolidado do ano

Gabriel Rodrigues/O Tempo
Publicado em 20/12/2025 às 08:02
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O setor de bebidas sofreu um baque nas duas pontas da cadeia em 2025, desde a produção até a venda, devido à crise do metanol desencadeada em setembro. Passada a fase mais aguda do problema, o mercado encara o fim do ano com otimismo e espera crescimento em comparação a 2024.

A expectativa do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas MG) é de um aumento de 12% das vendas em dezembro em relação ao mesmo período do ano anterior. “Aumentamos os horários de produção. Já dobramos. A expectativa é recuperar o tempo perdido no trimestre passado e estabilizar no fim do ano”, projeta o presidente do sindicato, Mário Marques. No consolidado de 2025, ele estima que o setor possa avançar 5%.

Mesmo o próprio setor de destilados espera uma virada de recuperação. A perspectiva da Don Luchesi, destilaria que fabrica o O’Gin em Minas, é de um aumento de 50% de vendas em dezembro deste ano, em comparação ao anterior. “O mercado está novamente aquecido”, garante o fundador da empresa, Alexandre Luchesi.

Enquanto o setor de destilados sofreu os impactos da crise diretamente, os de cervejas e de bebidas prontas em lata (as RTDs, ou ready to drink) abriu espaço. A plataforma mineira Boozen comercializa kits de bebidas locais e barris de chope e de RTDs para eventos. Em outubro, vendeu 4,5 vezes mais do que no mês anterior, segundo o fundador da empresa, André Leonel. Muitos casamentos, conta ele, substituíram a coquetelaria tradicional. 

“Vendemos em um único mês o que normalmente venderíamos em uns quatro meses normais. Apareceram várias noivas preocupadas com as bebidas”, relata. Reduzido o receio sobre os destilados, a demanda se normalizou, mas Leonel analisa que mais consumidores incorporarão os drinks prontos e os barris aos hábitos de compra. “O medo do metanol diminuiu drasticamente, mas a troca de bebidas não. As pessoas conseguiram enxergar essa alternativa”. Com o movimento, a Boozen fecha o ano com vendas de 250% a 300% maiores do que as do ano anterior.

O ano da Xeque Mate, que em 2025 completou uma década, também foi influenciado pela crise do metanol. “Uma crise como essa nunca é benéfica para o setor. No entanto, no caso da Xeque Mate, não houve impacto negativo nas vendas, justamente porque o público confia na marca e na segurança do nosso processo produtivo. Na verdade, notamos um crescimento da demanda, de forma acelerada, nos últimos meses e acreditamos que tenha a ver com a crise do metanol”, avalia o sócio-fundador e CEO do Grupo Xeque Mate Bebidas Alex Freire.

Agora, a empresa foca na produção para o verão, sua maior temporada de vendas, que inclui o Carnaval. “Está prevista uma produção inicial de 1,04 milhão de litros da nova linha Mascate Drinks, podendo aumentar em janeiro de acordo com a demanda, enquanto a de Xeque Mate será de no mínimo 3,4 milhões de litros até o Carnaval”, finaliza Freire.

Fonte: O Tempo.

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