Polêmico caso sobre a atuação de estagiários do curso de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) nos plantões do Pronto-Atendimento Municipal (PAM), de Araxá, sem a supervisão de médicos profissionais, teve mais um desdobramento ontem.
Desta vez, o secretário municipal de Saúde, Antônio Marcos Belo, garantiu que existe convênio entre a Santa Casa de Araxá e a UFTM para que este trabalho seja feito pelos estagiários nos atendimentos dos casos mais simples. O chefe da pasta garante que a assinatura ocorreu em 2008 e está em vigor até hoje.
Há pouco mais de uma semana, o coordenador do curso de Medicina da UFTM, Luciano Borges Santiago, afirmou que não há qualquer estágio da instituição de ensino que tenha ligação com a Prefeitura de Araxá, ou mesmo para atendimentos médicos naquela cidade por estudantes do curso de Medicina. Ontem, assessoria de comunicação da UFTM informou que todos os contratos relacionados à instituição passam pela Procuradoria, que não identificou qualquer convênio com Araxá neste setor.
Também no fim de agosto, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou investigação sobre este caso. No entanto, ainda de acordo com a assessoria de comunicação da UFTM, a instituição não foi comunicada até o momento.
Denúncia sobre a atuação destes estagiários e outras graves irregularidades, como a falsificação de assinaturas para prescrição de receituário, foi feita por uma paciente, que é servidora pública. Denúncia foi reforçada pelos médicos Ayres Dumont de Paiva Borges e José Humberto Carneiro.