O subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Eduardo Prosdocimi, recomendou que a população não compre bebidas alcoólicas de "procedência duvidosa". A orientação ocorre diante dos casos de intoxicação por metanol devido ao consumo de bebidas irregulares. Conforme o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional), foram 43 notificações no Brasil até quarta-feira (1º/10).
"É importante ter muito cuidado e não adquirir bebidas com procedência duvidosa, evitando a compra em locais clandestinos. O ideal é comprar em supermercados, que têm procedência controlada", disse o subsecretário em entrevista a O TEMPO. Conforme a SES-MG, não há registros de casos suspeitos de intoxicação por metanol em território mineiro por ingestão de bebida alcoólica. "Não há motivo para alerta", acrescentou.
Nesta quarta-feira (1º), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também recomendou que as pessoas não consumam destilados a menos que tenham "absoluta certeza" da procedência. "Eu sugiro, de fato, que as pessoas evitem, nesse momento, ingerir bebidas destiladas sem terem absoluta certeza da origem", disse o ministro.
Para Prosdocimi, a orientação do ministro não significa interromper o consumo de bebidas alcoólicas, mas reforçar os cuidados. "Não chega a ser necessário deixar de ingerir bebidas alcoólicas, mas é fundamental evitar aquelas de origem duvidosa. Também é importante evitar excessos e manter a hidratação, que pode reduzir os impactos de uma bebida adulterada", disse o subsecretário.
A SES-MG enviou orientações às regionais de saúde para reforçar a necessidade de notificação imediata de qualquer caso suspeito. A medida foi tomada após o registro de ocorrências em São Paulo e Pernambuco. De acordo com o CIEVS Nacional, São Paulo contabiliza 39 notificações — sendo 10 casos confirmados de intoxicação por metanol em bebidas e 29 ainda em investigação.
Em Pernambuco, há quatro casos sob análise. Até o momento, uma morte foi confirmada em São Paulo, enquanto outras sete estão em investigação: cinco em São Paulo e duas em Pernambuco. "Reforçamos a vigilância em nossa rede, com informações sobre os sinais. É uma vigilância para dar uma resposta, mas não há motivo para alerta. A rede está muito ativa e robusta para atuar na assistência aos pacientes, caso tenhamos alguém com sintomas", concluiu.
Fonte: O Tempo.