Testemunhas de defesa de Anderson Adauto são ouvidas em processo

Seis de um total de 12 testemunhas de defesa arroladas no processo criminal que investiga possíveis fraudes em processo seletivo realizado pela Prefeitura de Uberaba no ano de 2006, para o cargo de agente comunitário de saúde, foram ouvidas na tarde de ontem pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Habib Felippe Jabour.

Devido ao grande número de pessoas chamadas para depor em favor dos réus no processo, que são o prefeito Anderson Adauto, Romildo de Souza Figueiredo e Lázara Abadia Gomes Ribeiro, as oitivas foram divididas em duas partes. As testemunhas restantes prestarão depoimentos na sexta-feira, dia 15 de abril.

Como o processo corre no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), devido ao fato de AA possuir foro privilegiado, por ser o prefeito, o tribunal expediu uma carta de ordem para que o juiz Habib tome as declarações das testemunhas. Por sua vez, a Procuradoria Geral de Justiça nomeou o promotor de Defesa do Patrimônio Público, José Carlos Fernandes Júnior, para acompanhar as audiências.

No dia 1º de abril, prestaram depoimentos oito testemunhas de acusação, inclusive o autor das denúncias que culminaram com a açã ex-secretário municipal de Saúde Alaor Carlos de Oliveira Júnior. Os depoimentos serão encaminhados ao Tribunal, que dará sequência ao processo criminal.

O caso. Os fatos tiveram origem em julho de 2006. Na época, o então secretário municipal Alaor Carlos deixou a pasta da Saúde denunciando a existência de fraude no processo seletivo para contratação de 43 agentes comunitários de saúde.

Naquela oportunidade, ele também acionou o Ministério Público, que, por sua vez, entrou na Justiça com a busca e apreensão cumulada com exibição de documentos. Como não conseguiu obter as provas e gabaritos que confirmariam a fraude, o promotor deu voz de prisão ao então secretário de Administração e à diretora de departamento.