Deputado federal pede à PGR que instaure uma investigação contra Hytalo Santos

Após a repercussão das acusações do influenciador digital Felca de exploração sexual de menores, o deputado federal Reimont (PT-RJ) pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que instaure uma investigação criminal contra o também influenciador digital Hytalo Santos. Reimont provocou a PGR em um ofício enviado ao procurador federal dos Direitos do Cidadão, Nicolau Dino, nesta segunda-feira (11).

Ao justificar o pedido, Reimont argumenta que Felca, em um vídeo publicado na última terça, expôs menores de idade em “situações sexualizadas, com conteúdo impróprio e lucrativo”. “Um dos casos destacados refere-se à jovem Kamylla Santos, hoje com 17 anos, que começou a aparecer nos vídeos do influenciador aos 12 anos”, acrescenta o presidente da Comissão dos Direitos Humanos.

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Além de solicitar a instauração de uma investigação, o deputado federal sugere que a PGR peça a prisão preventiva de Hytalo em caso de “risco continuado à integridade de crianças e adolescentes” e a extensão da apuração a outros influenciadores que venham a explorar sexualmente crianças e adolescentes em conteúdos publicados. 

Reimont ainda solicita que os relatórios preliminares sejam disponibilizados ao colegiado e aos Conselhos de Direitos de Crianças e Adolescentes caso a investigação seja instaurada. “Proteção da infância e da adolescência é dever de todos os Poderes, e o envolvimento da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial visa reforçar o compromisso com a dignidade humana e a prevenção de violações de direitos fundamentais”, conclui.

O pedido de Reimont à PGR ocorre no dia seguinte à promessa do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em pautar propostas para combater a exposição sexual de menores. Motta observou, no X, nesse domingo (10/8), que “há uma série de projetos importantes sobre o assunto” na Câmara.

Pivô do vídeo de Felca, Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba desde novembro de 2024 por suspeita de exploração de crianças e adolescentes e por trabalho infantil. A investigação está na fase de tipificação das condutas do influenciador conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como, por exemplo, produção de imagens pornográficas envolvendo menores.   

Com mais de 17 milhões de seguidores, a conta de Hytalo no Instagram foi desativada na última sexta-feira a reboque das acusações de exposição sexual de menores. O TEMPO tenta contato com a defesa do influenciador digital, mas, até a publicação desta reportagem, sem sucesso. O espaço está aberto para um posicionamento.  

Fonte: O Tempo.