A partir desta terça-feira (2), pedir um visto para os Estados Unidos passa a ser mais caro e burocrático, em função de mudanças aprovadas no governo Donald Trump. As alterações impactam turistas, estudantes e profissionais, tanto em pedidos inéditos quanto em renovações.
As principais mudanças são duas: a criação da Visa Integrity Fee, taxa extra de US$ 250 (cerca de R$ 1,3 mil), que eleva o custo total de um visto padrão de não imigrante para US$ 435 (aprox. R$ 2,3 mil); e a obrigatoriedade de entrevistas presenciais para todos os solicitantes de primeira vez, inclusive menores de 13 anos e maiores de 80, antes isentos.
Ficam dispensados da entrevista apenas candidatos a vistos diplomáticos, oficiais e de organizações internacionais, além de algumas renovações de vistos de turismo (B2), negócios (B1) ou B1/B2, desde que atendam a critérios como visto válido ou expirado há menos de 12 meses, idade mínima de 18 anos e ausência de recusas anteriores. Ainda assim, o Departamento de Estado poderá exigir entrevista em qualquer caso.
O processo exige preenchimento detalhado do formulário DS-160, pagamento das taxas, coleta biométrica e entrevista consular, geralmente breve e em português. Documentos de comprovação de renda, vínculo empregatício e estado civil podem ser solicitados.
Outra novidade é a checagem de redes sociais para categorias de vistos de estudo e intercâmbio (F, M e J). Solicitantes precisam informar nomes de usuários usados nos últimos cinco anos, com perfis abertos para análise.
As medidas integram o pacote fiscal “One Big Beautiful Bill”, aprovado na gestão Trump, e reforçam a posição oficial dos EUA: “Obter um visto é um privilégio, não um direito”.