Casal encontra e leva para casa artefato explosivo da Guerra Constitucionalista
Mulher não sabia do que se tratava, lavou o objeto no rio e levou para a casa
Artefato é uma granada de morteiro com espoleta, possivelmente utilizada na Guerra Constitucionalista de 1932, cuja nossa região foi palco do conflito (Foto/Divulgação)
Casal de pescadores, de 40 e 42 anos, acionou o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom/5ªRPM), em Uberaba, após detectarem que objeto encontrado enquanto pescavam à margem do Rio Grande, em Delta (MG), era na verdade um explosivo de guerra. A Polícia Militar foi chamada na avenida Francisco José de Carvalho, n.º 299, Parque do Mirante, na segunda-feira (11). Foi constatado que o artefato é uma granada de morteiro com espoleta, possivelmente utilizada na Guerra Constitucionalista de 1932, cuja nossa região foi palco do conflito, principalmente na região de limite entre Minas Gerais e São Paulo, próximo ao Rio Grande.
De acordo com o que apurou o Jornal da Manhã, após o acionamento através do 190, uma guarnição policial foi até a residência do casal de pescadores, onde estava o artefato explosivo.
No local, ainda conforme foi apurado, a solicitante relatou que no domingo (10), enquanto pescava com seu companheiro às margens do Rio Grande, próximo à cidade de Delta, encontraram enterrada a peça de artilharia.
A mulher levou os militares até o local onde o objeto se encontrava, na parte externa da casa, em uma varanda, onde foi localizada sobre uma espécie de mesa uma granada de morteiro com espoleta da marca CBC.
Ela contou ainda que encontraram o objeto enterrado, porém com uma pequena parte exposta, e por não saberem do que se tratava, lavaram a granada na água do rio e a colocaram em seu veículo, trazendo-a para sua residência. No dia seguinte [segunda-feira - 11], ao cogitarem se tratar de um artefato explosivo, acionaram a Polícia Militar para verificar o material e realizar a entrega voluntária do mesmo.
Os policiais militares que atenderam à ocorrência acionaram o comando do 4ºBPM, que optou por acionar equipe de militares do Exército Brasileiro através do 36º Batalhão de Infantaria Mecanizado, em Uberlândia.
O objeto foi levado para a área militar do Tiro de Guerra de Uberaba, onde será destruído com segurança pelo Grupo Antibombas da Polícia Federal.