Criança feita refém pelo pai armado é libertada após negociações do Bope

Após cerca de 14 horas de negociações, a criança de 6 anos que era mantida refém pelo pai, de 35, foi libertada na manhã desta terça-feira (6 de agosto). O caso aconteceu em Campos Altos, no Triângulo Mineiro. O suspeito estava armado e chegou a efetuar cinco disparos contra a Polícia Militar (PMMG).

De acordo com a PM, o homem se entregou, por volta de 11h, e foi preso e levado para a delegacia da Polícia Civil (PCMG). A ocorrência começou às 19h dessa segunda-feira (5 de agosto), quando vizinhos ouviram gritos por socorro e barulho de disparos de arma de fogo. Ao chegar no local, os policiais constaram a situação de cárcere e privado e realizaram o isolamento da área. 

Leia: Criança de 6 anos é mantida refém pelo próprio pai em Campos Altos

Ao tentar contato com o suspeito, os militares que estavam próximo ao portão da residência foram alvos de cinco disparos de arma de fogo deferidos pelo homem. Após cessar os disparos, os militares coletaram informações de que no local haviam três reféns, sendo os filhos do suspeito de 6, 8 e 10 anos. 

Depois de diálogo, o suspeito liberou as duas vítimas mais velhas. Mas se recusou a libertar o mais novo. 

Surto e uso de entorpecentes 

A esposa do suspeito contou aos militares que nos últimos dias o homem estava sofrendo alucinações. Segundo relato da mulher, frequentemente ele dizia que estava sendo perseguido e que iriam matá-lo. Antes do fato o autor teria consumido uma substância esbranquiçada semelhante a cocaína misturada com remédios triturados.

A PM acredita que o suspeito tenha sofrido um surto psicótico. O BOPE foi acionado e fez negociações com o suspeito. "Estamos tentando sensibilizar esse pai para libertar a criança. Em alguns momento ele fica suscetível a negociação", explicou o subcomandante do 37º Batalhão da PM, instantes antes do fim do caso. 

Segundo a PM, o suspeito tem passagens pelos crimes de homicídio consumado, tráfico de drogas, receptação e posse ilegal de arma de fogo. O caso será investigado. 

Fonte: O Tempo