CONFUSÃO

Dona de casa acaba presa acusada de ameaçar enfermeira no Hospital da Criança

Publicado em 08/05/2023 às 07:24Atualizado em 08/05/2023 às 20:34
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(Foto/Reprodução vídeo/Redes sociais)

Dona de casa de 45 anos foi presa após supostamente ameaçar uma enfermeira, de 40, e desacatar e resistir à prisão por um policial militar no Hospital da Criança, na rua Lauro Borges, bairro Estados Unidos, na madrugada de domingo (7). A dona de casa foi em busca de atendimento médico para seu filho, de 11 anos, e teria ficado descontente com o atendimento e reclamado para uma enfermeira, que não gostou e respondeu de forma ríspida a dona de casa. A ação teria causado revolta a outros pais, que também aguardavam ansiosos por atendimento médico para seus filhos.

Nas redes sociais foram divulgadas imagens da ação policial e muitos internautas consideraram excessiva a abordagem. No vídeo que circula é possível ver que o militar envolvido aplica um golpe conhecido como “gravata”, ou “mata-leão”, na mulher para colocá-la na viatura. Esse procedimento, conforme o major Vagner Morais, em entrevista à Rádio JM, está previsto na atuação da Polícia Militar. Por meio de nota, a Polícia Militar confirmou a ocorrência policial e revelou que chegou a ser proposta à mulher a assinatura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), o que ela teria recusado. A nota não fala em apuração dos fatos.

De acordo com o registro policial, a dona de casa esteve no hospital no dia anterior, acompanhada de seu filho, quando teria chegado de maneira desesperada, gritando que o filho não estava respirando. Porém, a enfermeira teria prestado assistência e constatou que a saturação de oxigênio da criança estava normal e que ela poderia aguardar o atendimento médico.

Ainda de acordo com o registro policial, a criança estava com crise de ansiedade e foi medicada.

No domingo (7), a dona de casa retornou com o filho, alegando o mesmo sintoma e, segundo ocorrência policial, promovendo escândalo, gritaria e xingamentos dentro do hospital.

Segundo a enfermeira, a dona de casa passou a chamá-la de “assassina” e disse que funcionários do hospital teriam matado uma criança no sábado (6) dentro do hospital”. E mais: “vão esperar para matar o meu filho?”.

Na ocorrência policial consta também que a dona de casa ainda disse que procuraria a enfermeira e descobriria onde ela morava para acabar com sua vida.

Dentro do consultório médico, conforme registro policial, a dona de casa teria se dirigido para a enfermeira na intenção de agredi-la fisicamente. Para se defender, a enfermeira teria se apoderado de um grampeador.

Com a chegada da Polícia Militar, a dona de casa recebeu voz de prisão em flagrante por supostamente ameaçar a enfermeira. Ela também teria resistido à prisão e por isso, segundo informações da Polícia Militar, foi necessário o uso de técnicas de controle de contato para algemá-la.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, durante o procedimento de algemamento, a dona de casa teria se movimentado de forma brusca, o que ocasionou sua queda e a de um sargento sobre cadeiras no local. O militar utilizou as próprias mãos para amortecer a queda e, por isso, sofreu ferimentos nos dedos indicadores.

Mesmo algemada, conforme registro policial, a dona de casa continuou resistindo à condução. Em alguns momentos, foi necessário puxá-la pelo braço e até pelo pescoço, segundo o registro policial.

A dona de casa foi levada para o plantão da Polícia Civil, pois se recusou a assinar o TCO.

Mulher foi levada por policiais para fora do Hospital da Criança, em Uberaba (Foto/Reprodução vídeo/Redes sociais)

A Polícia Militar divulgou uma nota à imprensa sobre o caso:
"O Comando do 4º BPM informa que a PMMG foi acionada para comparecer no local da ocorrência, onde funcionárias do estabelecimento hospitalar estariam sendo ameaçadas de morte e impedidas de exercer suas atividades. Conforme registro policial, a autora das ameaças estivera no local no dia anterior, quando seu filho fora assistidos e voltara na data de ontem quando teria ameaçado de morte as funcionárias do local. Tratando-se de um crime de menor potencial ofensivo, foi oportunizada à conduzida a assinatura do Termo de Circunstanciado de Ocorrência, o que evitaria sua prisão e condução. A conduzida recusou-se a fornecer os dados de identificação ou mesmo assinar o Termo de Compromisso, por força de lei, nesta situação, fora determinada sua apresentação na delegacia local, porém resistiu ao cumprimento da ordem, tendo sido necessários o uso de força física, técnicas de imobilização e algemação para conter sua resistência, agressividade e evitar o agravamento da ocorrência, visto que familiares da conduzida tentavam fazer seu arrebatamento".

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