Policiais militares da 147ª Companhia do 4ºBPM em Uberaba recuperaram três empilhadeiras tomadas em assalto em Cajamar (SP) e detiveram uma mulher de 44 anos e um homem de 28, por suspeita de receptação, na rua Renilda Maria de Jesus, Jardim Itália 2, no domingo (30). Um terceiro homem, que seria marido da mulher e responsável pelo local onde as máquinas foram encontradas, foi identificado, mas não foi encontrado para ser preso. Cada empilhadeira custa R$190 mil, totalizando R$570 mil.
Conforme informações, uma empresa que faz monitoramento via satélite localizou as empilhadeiras marca Toyota, tomadas em assalto em Cajamar quando estavam sendo transportadas para a cidade Luís Eduardo Magalhães (BA), escondidas em um terreno na rua Renilda Maria de Jesus, desde o último dia 28 (dia do assalto), às 18 horas.
Os militares da 147ª Companhia foram para o local e encontraram um terreno fechado com muro alto e portão também fechado, mas conseguiram ver, através da fresta do muro, as três empilhadeiras marca Toyota. Foi feita a abertura do portão e conferido o maquinário localizado, de acordo com as notas fiscais dos produtos roubados.
No terreno encontrava-se um veículo Fiat Fiorino com o endereço da casa ao lado do terreno. Foi feito contato no local e uma mulher de 44 anos atendeu. Ela é proprietária da residência e do terreno onde estavam as empilhadeiras, porém informou que não sabia da existência das empilhadeiras e que somente seu marido tem acesso ao terreno e poderia ter colocado o referido material lá. A mulher ligou para o marido para que ele pudesse explicar a origem das empilhadeiras, mas ele não compareceu.
Ainda segundo informações, a mulher foi conduzida e apresentada na Delegacia de plantão da Polícia Civil pelo crime de receptação, visto que no terreno onde foi localizado o material foram encontrados subsídios que comprovam que a autora tinha acesso ao terreno, sendo um veículo de sua propriedade, com um orçamento em seu nome e constando seu endereço, o qual foi apreendido. Foram visualizadas ligações elétricas partindo de sua residência que acionam a iluminação do terreno, sendo que o interruptor estava instalado em sua casa.
Diante dos fatos, foi acionado um guincho para deslocar as empilhadeiras até o pátio. Foram enviados três guinchos e cada empilhadeira foi para um pátio distinto.
Durante o registro da ocorrência, apresentou-se na delegacia um jovem de 28 anos, acompanhado de sua advogada, afirmando que alugou o terreno do marido da mulher na quinta-feira (27) e deixou as empilhadeiras no local no mesmo dia. Disse ainda que descarregou as empilhadeiras no terreno com a ajuda do motorista do caminhão e outro indivíduo.
Foram solicitadas a ele as chaves do portão do terreno, as quais ele disse que não tinha. Também informou que não tinha nenhum documento que comprovasse o aluguel do terreno.
Os militares da 147ª Companhia ressaltaram que a advogada do acusado de 28 anos primeiramente alegou ser defesa da mulher. Posteriormente, ela se apresentou com a informação de que o jovem de 28 anos era o locatário do terreno e que, a pedido do marido da mulher, confeccionou o contrato de locação do terreno na noite de sábado (29).
No final das contas, a mulher e o jovem foram apresentados à autoridade policial no plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil.