A Prefeitura de Campo Florido divulgou nota sobre operação deflagrada nessa terça-feira (28) pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) naquela cidade. O Executivo informou que está acompanhando a ação, que teve origem em denúncia anônima.
A Administração Municipal destacou compromisso com a transparência e a ética e informa que está colaborando com as autoridades competentes. O Executivo de Campo Florido ressaltou que determinou a abertura de auditoria interna para revisar os pontos citados na investigação e, também, para analisar os processos realizados em gestões anteriores, a fim de verificar se houve alguma irregularidade.
“A Prefeitura reforça que todas as medidas necessárias serão tomadas para garantir que tudo seja esclarecido com responsabilidade e dentro da lei”, diz a nota.
A Operação ExpoCampo, deflagrada nessa terça-feira (28) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e pelo Ministério Público (MP), revelou indícios de pagamentos duplicados, superfaturamento e direcionamento de contratos públicos em Campo Florido. Empresas recém-criadas e de fachada teriam sido contratadas em poucos dias para prestar serviços sem estrutura adequada, favorecendo pessoas ligadas a políticos locais. O material apreendido será analisado e a investigação pode resultar em indiciamentos criminais e ações de improbidade administrativa.
O esquema envolve empresários e agentes públicos, ligados à realização do evento ExpoCampo 2025, ocorrido em julho. Durante a operação, documentos, computadores e celulares foram recolhidos para análise detalhada dos contratos e credenciamentos questionados. Os investigadores apontam indícios de superfaturamento e pagamento em duplicidade de serviços para favorecer pessoas com vínculos políticos próximos à Administração Municipal.
Ao todo, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, sendo 26 em Campo Florido e dois em Uberaba. Entre os alvos estão residências e empresas ligadas a autoridades municipais, incluindo a casa do vice-prefeito e a do presidente da Câmara da cidade. Participaram da operação 95 policiais civis e quatro analistas do Ministério Público, com o apoio do Laboratório de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do 5º Departamento de Polícia Civil, em Uberaba, que continua atuando na apuração.