ESTRANHO

Família questiona morte de uberabense registrada como suicídio em Blumenau

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 10/01/2024 às 20:43
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O corpo da uberabense Paloma Almeida Floriano foi encontrado já em estado de decomposição no apartamento em que ela morava, o qual estava todo revirado e sujo de sangue (Foto/Reprodução)

Familiares de Paloma Almeida Floriano, encontrada morta em Blumenau-SC, estão em uma verdadeira cruzada por informações sobre o que pode ter vitimado a uberabense. O Boletim de Ocorrência registrado na cidade catarinense trata o fato como caso de suicídio, mas os familiares questionam fatos contundentes que podem mudar o caso para um possível homicídio.

Paloma de Almeida Floriano era natural de Uberaba e mudou-se para o Sul do país por motivos profissionais. Em Santa Catarina, morou na cidade Palhoça, na região metropolitana de Florianópolis, e por lá teve caso amoroso com um homem. Após desentendimentos, pediu medida protetiva contra o ex-companheiro e foi atendida.

Com medo, Paloma mudou-se para a cidade de Blumenau, a 150 quilômetros de Palhoça. O motivo, conforme irmã da vítima, que mora em Uberaba, seria tentar fugir do ex-companheiro.

No dia 29 de dezembro, Paloma Almeida foi encontrada morta no imóvel em que morava, localizado no bairro da Glória, em Blumenau. Os policiais registraram o caso como suicídio, após encontrar o corpo da vítima com um fio amarrado ao pescoço, no banheiro, em estado de decomposição.

Após o corpo ser removido pelo Instituto Médico Legal, a proprietária do imóvel que era locado por Paloma encontrou os familiares da vítima por meio das redes sociais e relatou o caso, contando que a vítima estava prestes a ser sepultada como indigente.

Familiares revelaram que buscaram informações sobre o caso e questionam fortes inconsistências nos registros. Segundo a irmã da vítima, Patrícia Rios, Paloma apresentava sinais de espancamento, de estrangulamento e no apartamento onde ela foi encontrada havia sangue espalhado por todo o local.

“Como que registram o caso como suicídio se há sinais de estrangulamento, espancamento e até lesão no crânio”, questiona.

Patrícia Rios queixa-se também de que a segurança pública de Santa Catarina não dá a devida atenção ao caso. “Eu liguei na Delegacia que apura o fato e me trataram com descaso, foram grossos comigo e disseram que não têm que falar nada para nós. Temos algumas informações e recebemos ajuda de uma amiga de outro estado, mas até a localização para avisar sobre o caso foi a dona da casa em que ela morava que fez”.

Por fim, a irmã da vítima disse que os sinais de um possível homicídio estão claros e o suposto suicídio foi montado para tentar esconder o crime.

Paloma Almeida Floriano tinha 33 anos e trabalhava como vendedora. A família realizou o traslado do corpo e a sepultou em Uberaba na quinta-feira (4). Ela tinha três irmãos.

Reportagem do Jornal da Manhã entrou em contato com a Polícia Civil de Santa Catarina, mas até o fechamento desta matéria ainda não havia posicionamento.

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