80% DO CORPO QUEIMADO

Homem é condenado a 2 anos e 3 meses de prisão por atear fogo no próprio filho

Publicado em 03/10/2024 às 10:01
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Após um julgamento de oito horas, a Justiça de Araxá, no Alto Paranaíba, condenou Marcos Roberto Jacob, de 50 anos, a dois anos e três meses de prisão em regime aberto nesta quarta-feira (2). O réu foi acusado de atear fogo no próprio filho durante uma discussão ocorrida em 2016. O caso, que abalou a cidade na época, teve seu desfecho com a desqualificação da tentativa de homicídio, o que influenciou a sentença mais branda.

Durante o julgamento, além da vítima, que sobreviveu com graves sequelas, outras três testemunhas foram ouvidas. O filho de Marcos, que tinha 21 anos na época do crime, sofreu queimaduras em 80% do corpo, o que gerou grande comoção e repercussão local. 

O incidente aconteceu em junho de 2016, na Rua Eduardo Augusto Montandon, no Bairro Salomão Drummond, em Araxá. Segundo relatos da Polícia Militar, Marcos, então com 42 anos, teria chegado do trabalho e iniciado uma discussão com o filho por motivos banais. A briga escalou quando o jovem, em um ato impulsivo, pegou uma faca e ameaçou o pai. Em resposta, Marcos jogou gasolina no filho e ateou fogo, resultando em queimaduras graves.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu o jovem, que foi encaminhado para o Pronto Atendimento Municipal (PAM) de Araxá. Posteriormente, devido à gravidade dos ferimentos, ele foi transferido para Uberlândia, onde permaneceu internado em estado estável.

Marcos Roberto foi preso em flagrante logo após o crime e conduzido à Delegacia de Polícia Civil. No entanto, o acusado foi liberado pouco tempo depois ao pagar fiança, aguardando o julgamento em liberdade até a condenação final desta semana.

A decisão judicial desqualificou o crime de tentativa de homicídio, levando à pena de dois anos e três meses de prisão em regime aberto, o que permite que o condenado cumpra a pena com restrições, mas sem a necessidade de detenção em estabelecimento penitenciário.

A sentença gerou discussões entre juristas e a população local sobre a gravidade do crime e a proporção da punição aplicada.

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