Homem que matou filhos gêmeos de ex é assassinado em Patrocínio

O detento Neison Fernando Fabiano, de 47 anos, foi assassinado na noite desta segunda-feira (24/2) dentro de uma cela da Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares, em Patrocínio, no Alto Paranaíba. O crime foi cometido por um companheiro de cela, um jovem de 21 anos, que confessou o homicídio.

Fabiano estava preso desde 2016 e havia sido condenado em 2018 a 68 anos e nove meses de reclusão pelo assassinato de dois irmãos gêmeos, de 17 anos, e da bisavó deles, de 80 anos. O crime ocorreu em 3 de fevereiro de 2016, na cidade de Alpinópolis, Sul de Minas, quando ele invadiu a casa das vítimas no Bairro Vila Betânia e disparou vários tiros contra elas. Segundo o processo judicial, o crime teve motivação passional, pois o detento mantinha um relacionamento com a mãe dos adolescentes e agiu por vingança após o rompimento da relação.

De acordo com relato às autoridades, o suspeito do assassinato de Neison afirmou que agiu por revolta ao presenciar uma tentativa de estupro dentro da cela. Segundo o jovem detento, a vítima foi flagrada com as calças abaixadas, tentando violentar outro preso, de 30 anos, que estaria adormecido sob efeito de medicamentos.

O suspeito relatou que, ao ver a cena, quebrou um aparelho de barbear e retirou uma lâmina, com a qual atacou Neison. Inicialmente, ele agrediu o homem com socos e chutes, depois aplicou um golpe de mata-leão e cortou seu pescoço. O jovem ainda revelou que, ao perceber a chegada dos policiais penais, intensificou os cortes na região do pescoço da vítima, pois desejava decapitá-lo.

Em nota oficial, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que todas as providências administrativas foram tomadas pela direção da unidade prisional. Conforme a nota, policiais penais foram acionados por outros detentos e, ao chegarem à cela, encontraram Neison caído com cortes profundos no pescoço. Ele foi retirado do local e encaminhado ao pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

A direção da penitenciária iniciou um processo administrativo para apurar as circunstâncias do crime, enquanto as investigações criminais estão sob responsabilidade da Polícia Civil.