Guarnição da Polícia Militar foi acionada a comparecer na rua ntônio Rodrigues Pereira da Cunha Castro, no bairro Boa Vista, em Uberaba, na noite de sábado (17), por volta de 20h10. No local, uma jovem de 18 anos relatou estar sendo constantemente perturbada por um vizinho, de 61 anos.
Segundo o relato da jovem, no sábado, ela estava acompanhando uma amiga até o ponto de ônibus próximo à sua casa. Ao retornar para sua residência, avistou o homem conduzindo uma de suas caminhonetes. De acordo com a jovem, ele buzinou para ela e passou a transitar em baixa velocidade, olhando insistentemente para ela. Assustada, a jovem saiu correndo em direção à sua casa, enquanto o homem continuava a persegui-la, passando em frente à sua residência por três vezes, sempre olhando fixamente para o local.
A jovem revelou que conhece o homem há alguns anos, desde quando ainda era menor de idade, por volta dos 13 ou 14 anos. Ela recorda que, em um determinado momento, quando estava em um ponto de ônibus, o homem parou sua caminhonete e a convidou para ir até sua residência, insistindo para que ela entrasse no veículo. Porém, a jovem recusou o convite e foi para casa, onde contou tudo para sua avó paterna, de 71 anos, com quem vive desde seu nascimento.
A partir desse incidente, segundo a jovem, o homem passou a persegui-la. Sempre que a encontra na rua, ele buzina e reduz bruscamente a velocidade de seu veículo, fixando os olhos na jovem até que ela entre em sua residência ou se esconda em algum local. A vítima relatou ainda que o homem retorna ao local, tentando fazer contato visual com ela.
Aos policiais, a avó da jovem, relatou que quando sua neta ainda era menor de idade solicitou a presença da polícia em uma determinada situação. Após o atendimento da Polícia Militar, o homem compareceu em frente à residência da família, negando ter buzinado para a menor na época. Ele teria chamado a idosa de "velha safada" e "sem-vergonha", afirmando que ninguém gostava dela na região, para então sair do local sem rumo definido.
Em outra ocasião, a avó da jovem foi até a base móvel da Polícia Militar, localizada na avenida Elias Cruvinel, onde foi orientada a acionar diretamente a polícia via 190 e buscar medidas legais.
A idosa afirmou que esses eventos ocorrem com frequência e raramente passam mais de duas semanas sem que ocorra uma nova perseguição.
Em contato com o homem, de 61 anos, ele negou qualquer tipo de convite feito à jovem. Embora more na mesma rua que ela e sua avó, ele afirma não ter intimidade com elas, não frequentar sua casa e que passa em frente à residência apenas pelo fato de morar nas proximidades. Ele deixou claro que não buzina para a jovem nem para qualquer outra mulher em via pública. Ele alegou que a idosa é uma vizinha problemática e que não se dá bem com nenhum dos seus vizinhos. Segundo ele, a avó da jovem tem problemas mentais e provavelmente está em crise para fazer tais declarações.
Diante dessa situação, a vítima foi orientada a procurar a delegacia para registrar uma denúncia contra o homem e buscar uma medida protetiva.