Mulher de 25 anos que teve parte do corpo queimada após uma jovem de 24 anos jogar álcool e atear fogo, não resistiu aos graves ferimentos e morreu no sábado (6), no Hospital de Clínicas da UFTM, onde estava internada desde quinta-feira (4), quando ocorreu o crime. A autora, pelas redes sociais, alegou que a vítima foi até a porta de sua casa, na rua Mercedes Moura Machado, no Bairro Marajó 1, armada com uma faca, e que ela teria agido em legítima defesa. O motivo estaria relacionado a um homem com quem ambas tiveram relacionamento. A vítima foi sepultada no domingo (7).
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Segundo informações, quando os policiais militares chegaram ao local, a vítima ainda estava consciente, mas precisou ser entubada pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) devido aos danos causados nas vias aéreas. Ela foi levada para atendimento médico-hospitalar.
De acordo com uma testemunha que acompanhava a vítima no momento do crime, na quarta-feira (3), as duas mulheres se encontraram na casa da autora e entraram em atrito verbal, trocando ameaças.
Na quinta-feira (4), conforme a testemunha, a vítima trocou mensagens com a autora e novamente fez ameaças, afirmando que iria à casa da autora. No local, as duas mulheres iniciaram uma discussão, que culminou com o arremesso de álcool sobre a vítima, contra a qual a autora ainda ateou fogo.
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Conforme foi apurado, a vítima, ainda com o capacete na cabeça, correu desesperada pela rua, pedindo socorro. Ela conseguiu tirar o capacete, perdendo parte do cabelo, que ficou espalhado pela rua.
A vítima, ainda com o corpo em chamas, arrancou uma faca modelo “karambit” que trazia na cintura e a jogou no chão. Moradores da vizinhança ajudaram a apagar o fogo no corpo da vítima com cobertores molhados.
A testemunha foi questionada sobre se a vítima teria sacado a faca da cintura durante a conversa com a autora como forma de intimidação ou ameaça. Foi respondido que a vítima nem teve tempo de sacar a faca, vindo a retirá-la da cintura no momento em que já estava correndo pela rua com o corpo em chamas.
A autora fugiu do local logo após o crime. Equipes da Polícia Militar intensificaram o patrulhamento na região e fizeram diligências em possíveis locais onde a autora poderia estar, mas até o fechamento desta matéria não tiveram sucesso.
Um perito criminal da Polícia Civil esteve no local e apreendeu o isqueiro utilizado no crime e, também, a faca que estava em poder da vítima. O laudo pericial deve ser encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que já instaurou inquérito policial.