
Policiais penais realizam revistas e transferências estratégicas durante a Operação Sinapse, deflagrada simultaneamente em unidades prisionais de Minas Gerais, incluindo Uberaba, com foco em presos ligados ao PCC (Foto/Divulgação)
Uberaba integra o conjunto de municípios mineiros onde foi realizada a operação Sinapse, deflagrada na manhã de quinta-feira (11) pela Polícia Penal de Minas Gerais, com o objetivo de desarticular estruturas de comando criminoso que atuam de dentro do sistema prisional. A ofensiva, considerada de grande porte, atinge simultaneamente unidades prisionais em diversas regiões do estado e tem como foco principal internos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), classificados como de alta periculosidade.
Além de Uberaba, a operação ocorre em outros nove presídios, incluindo a Penitenciária Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, onde equipes táticas realizaram revistas minuciosas em celas e áreas internas, conforme imagens divulgadas pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG). A atuação envolve transferências estratégicas de lideranças criminosas, medida adotada para romper vínculos internos e dificultar a coordenação de atividades ilícitas a partir das unidades prisionais.
O Depen-MG confirmou que presos considerados líderes da facção estão sendo removidos, inclusive a partir de Uberlândia, mas não informou o número de detentos transferidos nem os destinos, citando razões de segurança institucional. O levantamento dos materiais eventualmente apreendidos durante as buscas ainda está em andamento e deverá ser divulgado posteriormente.
Segundo a Polícia Penal, a Operação Sinapse foi planejada para reduzir a influência exercida por integrantes do PCC sobre outros custodiados e impedir a transmissão de ordens para o meio externo, prática recorrente em organizações criminosas estruturadas. A iniciativa faz parte de uma estratégia permanente do Estado para conter o avanço de facções, especialmente no interior de Minas Gerais.
Cerca de mil policiais penais, incluindo equipes especializadas e setores de inteligência, participam da força-tarefa, que envolve revistas estruturais, movimentações de presos e ações coordenadas em mais de 12 municípios mineiros. Estima-se que aproximadamente dois mil detentos sejam diretamente impactados pelas medidas adotadas.