Penas de envolvidos na operação “Babá Laranja” variam de 7 a 8 anos de prisão

Em apenas cinco meses de investigação, a operação "Babá Laranja", desencadeada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Rurais, chefiada pelo delegado PC Tiago Cruz e comandada pelo delegado PC, chefe do 5ºDPC César Felipe Colombari, com sede em Uberaba, culminou com a condenação de 2 homens pela 2ª Vara Criminal de Uberaba. As penas variam de 7 a 8 anos de prisão. Durante a operação, mais de R$ 2 milhões em bens foram sequestrados, entres eles um veículo Porsche usado pela Polícia Civil em Uberaba no combate a crimes do colarinho branco.

Segundo informações repassadas ao Jornal da Manhã, na terça-feira (31), sentença proferida pelo juiz de Direito da 2ª Vara Criminal, Fabiano Garcia Veronez, condenou um dos acusados a uma pena de oito anos, dois meses e 24 dias de reclusão + 31 dias de multa.

Já o outro envolvido foi condenado a uma pena de 7 anos, 3 meses e 6 dias de reclusão + 27 dias de multa.

Eles foram condenados em primeira instância pelos crimes de receptação qualificada e lavagem de dinheiro e podem recorrer da sentença, sendo que um dos condenados, preso durante a operação, terá que recorrer em regime fechado.

OPERAÇÃO “BABÁ LARANJA”

Em 19 de agosto do ano passado, a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Rurais, desencadeou a operação com apoio da Delegacia de Furtos e Roubos da 1ªDRPC/5ºDPC, em Uberaba. Mais 30 policiais civis cumpriram três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão e 11 determinações de sequestro de veículos, alguns deles de luxo. Duas empresas do ramo de compra e vendas de maquinários agrícolas foram alvos da operação.

As ordens foram expedidas pelo Poder Judiciário e com o devido aval contundente do Ministério Público Estadual.

O objetivo principal da operação "Babá Laranja" era combater crimes de furto, roubo e receptação de caminhões, tratores e máquinas agrícolas, além dos crimes de adulteração de sinais identificadores destes veículos.

Ainda de acordo com o que foi apurado pelos investigadores da Polícia Civil, por meio das empresas alvos das buscas de apreensão expedidas pela Justiça, que têm como dono o homem preso em um condomínio de luxo da cidade, adquiriram-se veículos pesados, produtos de crimes, e os repassavam a terceiros, por meio de pagamentos, muitos destes utilizando-se carros de alto padrão.

Ainda de acordo com o que foi apurado, após "esfriar" o crime antecedente, o preso (conduzido à Delegacia de Plantão na viatura Porsche (que a Polícia Civil em Uberaba utiliza como símbolo marcante de combate a crimes do colarinho branco), transferia o veículo para uma investigada, que trabalhava como babá em sua residência, de forma a ocultar o patrimônio obtido por meio ilícito (a utilizava como "testa de ferro").

Posteriormente, o mesmo acusado revendia esses veículos por valor de mercado, utilizando-se da "babá laranja", aumentando os lucros decorrentes das operações de receptação e lavagem de dinheiro.

O trabalho das delegacias especializadas do 5ºDPC, sob o comando do delegado chefe PC, César Felipe Colombari apresentaram ação de combate à criminalidade organizada na região, com mais de R$2 milhões em bens sequestrados somente na operação “Babá Laranja”, além da prisão do líder da associação criminosa e apreensões de diversos documentos e materiais diversos.

Também na operação foi localizada e apreendida uma pá carregadeira avaliada em quase R$400 mil. A máquina foi roubada em Varjão de Minas no dia 29 de novembro de 2021 e localizada após continuidade das diligências referentes à operação. Foi constatado que os sinais de identificação da pá carregadeira foram adulterados.