
O material recolhido será submetido à perícia criminal para extração e análise de dados, a fim de esclarecer todas as circunstâncias em apuração, identificar possíveis coautores ou partícipes e verificar indícios de outros crimes correlatos (Foto/Divulgação)
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quarta-feira (29), duas ações simultâneas, as operações Vulneráveis e One by One XI, para combater o armazenamento e o compartilhamento de arquivos com material de abuso e exploração sexual infantojuvenil.
Durante o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão, os agentes recolheram diversos dispositivos eletrônicos que serão analisados pela perícia criminal. O objetivo é identificar autores, coautores e possíveis conexões com outros crimes.
As penas para esse tipo de crime podem chegar a 10 anos de prisão.
Operação One by One
O nome da operação — que significa “Um por um” — faz referência à forma como os arquivos ilícitos são transmitidos em redes peer-to-peer (P2P).
Nesse sistema, o criminoso compartilha o conteúdo diretamente de seu computador, por meio de pastas públicas acessíveis a outros usuários, sem depender de servidores centrais.
Operação Vulneráveis
Já a Operação Vulneráveis destaca o foco da PF nas vítimas dos crimes, crianças e adolescentes em condição peculiar de desenvolvimento.
O nome remete à proteção especial prevista no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que pune o registro, armazenamento e difusão de material de exploração sexual infantil.
Terminologia e conscientização
A PF ressaltou que, embora o termo “pornografia infantil” ainda esteja presente na legislação brasileira (art. 241-E do ECA), a comunidade internacional passou a adotar expressões como “abuso sexual” e “violência sexual contra crianças e adolescentes”.
Esses termos refletem com mais precisão a gravidade e a natureza violenta desses crimes.
Orientações para pais e responsáveis
A Polícia Federal reforça que a prevenção começa em casa.
Pais e responsáveis devem:
“É fundamental ensinar crianças e adolescentes a reconhecer e denunciar contatos inadequados e buscar ajuda de adultos de confiança”, destaca a PF.
Canais de denúncia
Casos suspeitos podem ser denunciados anonimamente pelo Disque 100, pelos aplicativos oficiais da Polícia Federal ou em delegacias especializadas.