A 16ª fase da operação “Lesa Pátria” tem o objetivo de identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos antidemocráticos em Brasília
Polícia Federal cumpriu o total de 26 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e mais 27 em outros seis estados (Foto/Divulgação)
A Polícia Federal (PF) de Uberaba cumpriu, nessa terça-feira (5), mandado de busca e apreensão em Araxá contra suspeito de estimular e financiar atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. Além deste, outros 25 mandados também foram cumpridos em todo o estado de Minas Gerais.
Na Grande Belo Horizonte foram 20, três em Uberlândia, um em Governador Valadares e um em Varginha. O objetivo é identificar pessoas que financiaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por pessoas que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e atingem outros 27 endereços em seis estados: Ceará (dois mandados), Mato Grosso do Sul (dois), Paraná (seis), Santa Catarina (três), São Paulo (12) e Tocantins (dois).
De acordo com fontes ligadas à polícia, os mandados cumpridos em Minas Gerais são majoritariamente contra empresários.
Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$40 milhões. Essa é a 16ª fase da operação Lesa Pátria, iniciada logo na semana seguinte aos atos de terrorismo em Brasília para investigar e capturar os envolvidos na depredação e no estímulo ao golpismo.