PRISÃO

PM procura 73 foragidos após ‘saidinha de Natal’ em Minas; 45 foram recapturados

Corporação repassou os números durante coletiva à imprensa sobre o caso de um militar baleado por um homem que havia recebido o benefício

O Tempo
Publicado em 07/01/2024 às 10:42Atualizado em 07/01/2024 às 10:49
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Na Penitenciária de Uberaba, 40 detentos tiveram direito a 'saidinha' (Foto/Divulgação)

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) está realizando operações para recapturar 73 presos que não retornaram ao sistema prisional após a “saidinha de Natal e Ano Novo”. No total, 118 detentos que receberam o benefício não haviam voltado para as penitenciárias após o prazo estabelecido pela Justiça. Destes, 45 já foram presos novamente pela polícia. 

A informação foi confirmada pela major Layla Brunella, porta-voz da PMMG, durante coletiva à imprensa neste sábado (6/1). Na ocasião, detalhes foram repassados sobre a ocorrência que terminou com um sargento da corporação baleado durante uma perseguição a criminosos, no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte de Belo Horizonte, na noite dessa sexta (5/1).

Segundo a PM, o autor do disparo contra o militar estava de saída temporária de Natal. Ele deveria ter retornado ao Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, no dia 23 de dezembro do ano passado, mas como não o fez, a Justiça expediu novo mandado de prisão para o homem, que era considerado foragido.

As chamadas “saidinhas temporárias” são um benefício concedido durante o cumprimento da pena. Conforme a lei, detentos em regime semiaberto têm direito a quatro saídas, de sete dias cada, por ano. De acordo com o Poder Judiciário, esse recurso é usado como forma de ressocialização dos presos. 

Para a major Layla Brunella, essa legislação precisa ser revista. “Quantos casos vimos, nos últimos dias, em que o autor do crime é reincidente do sistema, que deveria ter retornado e não o fez? Então esse é um momento em que a sociedade civil precisa se mobilizar, porque toda vez que a gente beneficia um criminoso, a gente prejudica o cidadão de bem.” 

Fonte: O Tempo

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