Os casos denunciados de violência doméstica resultam mensalmente em cerca de 50 a 60 inquéritos e, apesar do alto número, há servidores para atender a tamanha demanda. Os números foram revelados em entrevista pela delegada Mariana Pontes, concedida ao Jornal da Manhã.
“Os procedimentos vão para a Delegacia da Mulher, onde se inicia uma apuração, e algumas apurações não correm via flagrante, mas o inquérito policial está lá. E esse número também é altíssimo. A gente instaura uma média de 50 ou 60 por mês, às vezes”, detalha.
Para atender a esse volume, são seis investigadores, duas delegadas e duas escrivãs só para violência contra a mulher. Pontes posiciona que as delegacias estão se adequando às novas realidades.
“Esses acolhimentos sobre a violência doméstica não são trabalhados sozinhos, então não adianta a gente acreditar que vai à Polícia Civil e vai resolver o problema da violência doméstica. A vítima ali precisa de um atendimento de acolhimento, porque ela traz outras demandas. Então as delegacias vêm se adaptando, a rede vem se estruturando no sentido de acolher mesmo essa vítima e tentar resolver o máximo dos problemas”, destaca.