Linguiça foi encontrada exposta de maneira imprópria (Foto/Divulgação/Polícia Civil)
A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (1º), a Operação "Enchido", contra o comércio ilegal de alimentos e a prática de furto/roubo de gado e placas fotovoltaicas em Uberaba. O principal suspeito, preso durante as diligências, é investigado por comercializar carne bovina fruto de crime e sem controle de qualidade em um açougue no Jardim Maracanã, além de lavagem de dinheiro e fabricação de linguiças impróprias para o consumo.
Segundo delegado, Felipe Colombari, foi apreendida mais de uma tonelada de carne, dois carros, documentos e mídias, além de cerca de R$10mil em dinheiro. Duas pessoas foram presas, sendo elas o antigo e o novo dono do estabelecimento.
De acordo com o comunicado da corporação, as investigações foram iniciadas há dois meses pela delegacia especializada de Crimes Rurais, do 5º Departamento da PC em Uberaba, após a notícia de que um homem de 45 anos realizava a venda de animais furtados/roubados em seu açougue no bairro Jardim Maracanã.
Os relatos indicavam que o investigado adquiria animais bovinos provenientes de crimes ocorridos em cidades vizinhas por baixo valor e revendia no açougue a preço menor de mercado e sem controle de qualidade. Desta forma, ele expunha a venda de alimentos impróprios para o consumo humano.
A delegacia também recebeu informações de que ele teria, por hábito, porte de arma de fogo e recebido o auxílio emergencial irregular, ambos crimes. Ele também mantém uma empresa de venda de placas fotovoltaicas e uma fábrica irregular de linguiças, situadas no Jardim Maracanã.
As provas apontam que as placas também seriam adquiridas de maneira ilícita e revendidas no mercado local, em uma espécie de prática de lavagem de dinheiro.
Ao todo, foram três mandados de busca e apreensão executados e 12 policiais cumpriram as ordens judiciais deferidas pela 1ª Vara Criminal de Uberaba, com parecer favorável do Ministério Público. As ações culminaram em prisão, apreensão de valores, veículos e dezenas de quilos de carne imprópria para consumo.
A Vigilância Sanitária também foi acionada para fiscalizar a interditar o açougue.
O nome da operação faz referência à fábrica de linguiça do investigado, um tipo de embutido, vendido de forma irregular. Inclusive, há suspeitas do enchimento com carnes de animais exóticos.